Foto: AFP |
"Eu nunca nutri sentimentos menores pela Seleção Brasileira, e não vai ser dessa vez, podem ter certeza disso. O fato de eu ter passado o que passei não diminui o que eu penso sobre o futebol do País", afirmou o treinador, que iniciou o ciclo para a Copa de 2014 à frente da Seleção e, após período difícil, quando começava a apresentar melhora, foi demitido e substituído por Luiz Felipe Scolari.
O tema é obviamente recorrente para a imprensa brasileira, mas os olhos de diversos jornalistas internacionais estavam voltados para a questão no último evento-teste antes da Copa. "Não tenho mágoa. Você pode ficar frustrado no período posterior, mas o futebol é muito rápido: as comemorações, as tristezas, as vitórias, tudo passa rápido", disse Mano, ao concluir. "Vou ver a Copa com um olhar diferente, mas vou ver a Copa".
Esse distanciamento do treinador é tamanho que ele se negou a fazer comentários técnicos sobre o evento - não quis apontar favoritos ou nomear destaques, mesmo que não necessariamente ligados à Seleção. "Recentemente, falei que achava que o Brasil ia vencer a Copa. Aí disseram que no meu tempo eu não falava isso. Falar dois anos e meio antes da Copa é uma coisa, duas semanas antes é outra", exemplificou.
Mano assumiu a Seleção Brasileira em julho de 2010 e foi demitido em novembro de 2012. Disputou a Copa América, na qual caiu nas quartas de final diante do Paraguai, nos pênaltis, e a Olimpíada de Londres, culminando na medalha de prata com derrota para o México na final. "A pessoa que passou por lá não tem mais direito a comentários normais. Quaisquer comentários que ela fizer nunca serão encarados com normalidade", afirmou o treinador.
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