Tóquio receberá uma edição de Olimpíada pela segunda vez na história. Em 1964, a cidade sediou a primeira Olimpíada na Ásia com grande sucesso, provando sua reconstrução pós-Segunda Guerra Mundial para o mundo todo. Antes, já havia conseguido o direito de receber o evento em 1940, mas a invasão do País à China transferiu o evento para Helsinque (em 1952). Na última fase de votação, venceu a adversária Istambul.
Tóquio há havia liderado a primeira votação, na qual Madri acabou eliminada. O favoritismo era tanto que a cidade espanhola e Istambul inicialmente empataram em votos, e a eliminação foi decidida em votação de desempate. O resultado impede que uma cidade - e um país - predominantemente islâmica receba uma Olimpíada pela primeira vez - em 2016, o Rio de Janeiro será a primeira sede sul-americana da história. A vitória japonesa se deu por 60 votos contra 36 a favor dos turcos.
Para se eleger sede, Tóquio usou apresentações permeadas de tecnologica - o projeto inclui a reforma do Estádio Olímpico utilizado em 1964 em formato futurista -, com uso de robôs. Mas precisou vencer um complicado adversário: Fukushima, cidade onde está a Usina, afetada pelo tsunami e terremoto de 2011 e responsável pela maior crise desde o acidente em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. A campanha nos últimos meses tratou de enfatizar: não há contaminação do solo e da água, e Tóquio está 250 km distante do foco do problema, distância suficiente para garantir a segurança.
Além do enorme poderio financeiro japonês - certamente um diferencial, ainda mais se levado em conta que Madri, parte da Espanha devastada economicamente, foi a primeira a ser eliminada -, o Japão usou a boa imagem esportiva para se eleger. Nenhum japonês jamais foi pego no exame antidoping em Jogos Olímpicos ou Paralímpicos.
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