Obama pede união e ação em primeiro discurso após reeleição

Obama, em seu 1º discurso após a reeleição: Não vou pedir a estudantes e cidadãos pobres para pagar mais impostos. Foto: AP
Obama, em seu 1º discurso após a reeleição: "Não vou pedir a estudantes e cidadãos pobres para pagar mais impostos"Foto: AP
(do Terra) O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta sexta-feira seu comprometimento em evitar o "abismo fiscal" e reiterou a necessidade de um acordo no Congresso em nome da recuperação da economia americana. As declarações foram feitas durante a primeira entrevista coletiva do presidente após sua reeleição, na última terça-feira. "É hora de voltar ao trabalho, e há muito trabalho para fazer", declarou o presidente reeleito na Casa Branca, em Washington. "As pessoas votaram por ação, e não pela política tradicional", disse, em referência aos impasses entre os representantes democratas e republicanos no Legislativo. "Eu convidei os líderes de ambos os partidos para se reunir. É um plano para reduzir nosso déficit de um modo balanceado e responsável." Para evitar o chamado "abismo fiscal", Obama defendeu o aumento das taxas de impostos para os mais ricos e firmou sua decisão de não sobrecarregar as camadas menos abastadas da população. O presidente falou que será necessário "falar aos ricos para que paguem um pouco mais" como o único modo de manter o "caminho rumo à prosperidade". "Não vou pedir a estudantes e cidadãos pobres para pagar mais impostos. Não farei isso", frisou. Obama retomou o lema de campanha de "fortalecer a classe média" e garantir que programas federais como os Medicare e Medicaid sejam mantidos. Segudo ele, estão em jogo "decisões que terão grande impacto sobre nosso futuro". "Nossa tarefa é conseguir a maioria no Congresso para reponder às aspirações da população. (...) Se o congresso falhar, todo mundo irá pagar mais impostos a partir de 1 janeiro. Todo mundo." Apesar da firmeza em sua determinação a não aumentar a carga sobre famílias que "já lutam para sobreviver", o presidente garantiu estar "aberto a novas ideias", em uma menção indireta à pressão que os republicanos exercerão sobre os democratas no Congresso. Na eleição dessa terça, os republicanos mantiveram o controle desta casa - e os democratas, do Senado. O "abismo fiscal" ("fiscal cliff") é o modo como é chamado o impasse sobre o qual se encontram os Estados Unidos caso o Congresso não alcance um acordo político sobre medidas fiscais até a meia-noite de 31 de dezembro de 2012. Está a data limite para a validade para uma série de acordos que incluem cortes temporários de impostos. O desafio central é reduzir o déficit federal sem cortar os gastos com programas sociais e investimentos públicos.
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