Para Seleção, vacilo no 2º set e "saque pesado" dos EUA foram decisivos

Na avaliação de Murilo, perder o segundo set mexeu com o time. Foto: Getty Images
Na avaliação de Murilo, perder o segundo set "mexeu com o time"
Foto: Getty Images

(do Terra) Na avaliação dos jogadores da Seleção Brasileira masculina de vôlei, dois fatores foram decisivos para a derrota frente aos Estados Unidos nesta quinta-feira, na terceira rodada dos Jogos Olímpicos de Londres. Um deles diz respeito a uma característica dos americanos: a qualidade no saque, quase sempre "pesado", forçado. O outro tem raiz nas fraquezas dos próprios jogadores, que entregaram a vitória a partir de vacilos no segundo set. "A gente perdeu uma oportunidade boa no segundo set para matar o jogo ali", apontou o levantador Bruninho. A seleção havia vencido a primeira parcial e, na segunda, conseguiu reverter desvantagem de seis pontos: depois de ficar com 19 a 13, virou o placar. Mas um vacilo nos pontos finais decretou a vitória dos americanos por 27 a 25, algo que deixou os jogadores abalados. "O time sente, você faz uma virada que parecia praticamente impossível e no finalzinho você deixa escapar, você sente", analisou Leandro Vissotto. A partir daí, o Brasil não conseguiu mais se encontrar. "É involuntário, muda o set e você dá aquela respirada. A gente podia ter fechado, mas não poderíamos nos atrapalhar logo no início do segundo set. Eles começaram com dois, três saques muito bons. Começar bem um set é fundamental", disse Murilo. Com a Seleção Brasileira desestabilizada, os saques americanos passaram a fazer cada vez mais estrago. O time não conteve os rivais no terceiro set, perdendo por 25/19, e jogou mal também o quarto, quando os Estados Unidos fecharam o confronto com 25/17. "A gente continuou batalhando, mas acho que o que faltou foi o saque, que não entrou. O deles entrou, eles tiveram muita continuidade e peso", analisou Vissotto. Os saques mais fortes saíam de um dos mais consagrados atletas americanos: Clay Stanley. A cada jogada iniciada, a Seleção encontrava dificuldades para dar sequência à jogada. "Quebrar o passe eles vão, não tem jeito. É bomba no saque o tempo todo", apontou Murilo. "Eles encaixaram um bom saque, a gente teria que ter paciência para tocar a bola, não errar, isso foi o que aconteceu", reforçou Bruninho. O resultado tirou o Brasil da briga pela liderança do Grupo B da Olimpíada, que agora pertente aos americanos de forma isolada, mas, por outro lado, traz lições valiosas para os comandados de Bernardinho. "É tentar errar menos, principalmente como aconteceu no 3º e no 4º set, em que a gente vacilou muito", disse Bruninho, seguido por Wallace: "às vezes a gente erra uma bola, e o time fica meio ansioso de errar outra, isso desencadeia. Mas a gente vai reverter isso".
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