(do Terra) A Justiça determinou a quebra de
sigilos bancário e fiscal de dois ex-
presidentes, diretores e ex-diretores
da Sociedade de Abastecimento de
Água e Saneamento (Sanasa) e de
sócios da empresa EMA Engenharia
de Meio Ambiente. A Sanasa é pivô
em uma outra investigação
conduzida pelo Ministério Público
que culminou com as cassações do
prefeito Hélio de Oliveira Santos
(PDT) e do vice-prefeito Demétrio
Vilagra (PT) no ano passado.
De acordo com o promotor do
Ministério Público Estadual Geraldo
Navarro Cabanãs, houve fraudes na
condução de contrato para a
elaboração de projetos de
construção da Estação de
Tratamento de Esgoto Capivari 2. A
ação foi ajuizada em 6 de fevereiro e
conta com recursos do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) do
governo federal.
A quebra de sigilos atinge o ex-
presidentes da companhia, Luiz
Augusto Castrillon de Aquino e de
seu sucessor Lauro Pericles
Gonçalves. Ela abrange as contas
correntes, aplicações e
movimentação em cartões de
crédito ocorridas entre dezembro de
2007 a novembro de 2011. O MP
pediu como punição a perda da
função pública, suspensão dos
direitos políticos, pagamento de
multa civil, ressarcimento aos cofres
públicos e proibição de contratar
com o poder público ou dele
receber benefícios, além da
anulação dos contratos.
A decisão atinge também o
engenheiro Aurélio Cance Junior, ex-
diretor da Sanasa; o procurador
jurídico Carlos Roberto Cavagioni
Filho, Marcelo Quartim Barbosa de
Figueiredo,ex-diretor administrativo
Financeiro e de Relações com
Investidores; Maria de Fátima
Barreto Tolentino, diretora
administrativo-financeira e de
Relações com Investidores; Rovério
Pagotto Júnior, engenheiro; Luciana
Roberta Destri Pimenta, consultora
jurídica da empresa; Pedro Alves
Aranha, matemático - todos da
Sanasa - e seus sócios da EMA José
Everaldo Elorza Prado, Carlos
Eduardo Javares Lemos e Silvio
Cordeiro de Oliveira.
Na outra investigação conduzida
pelo MP, as acusações partiram do
Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) do Ministério Público e
davam conta de uma rede de
corrupção e desvios de verbas. Ao
todo, 21 pessoas foram indiciadas e
13 presas preventivamente, dentre
elas secretários, ex-agentes,
empresários e Vilagra, então vice-
prefeito, que ficou preso por menos
de 24 horas, sendo solto por
habeas-corpus.
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