O governo do Sudão do Sul acusou neste sábado o ex-vice-presidente Riek Machar de recrutar milhares de jovens milicianos para atacar suas posições. "Riek está mobilizando jovens da etnia Lou Nuer, até 25 mil jovens, para utilizá-los como um instrumento de ataque ao governo" no Estado de Jonglei, no leste do país, disse o porta-voz oficial Michael Makuei.
"Podem atacar a qualquer momento. Estamos em estado de alerta para proteger a população civil", acrescentou o porta-voz.
Moses Ruai Lat, porta-voz de Machar, rebateu a acusação afirmando que o ex-vice-presidente "não está mobilizando sua tribo" e que os jovens em questão são soldados do Exército que decidiram se voltar contra o governo.
Desde 15 de dezembro, o Sudão do Sul está mergulhado em combates e violência étnica envolvendo partidários do presidente Salva Kiir e seguidores de Machar, acusado de tentar promover um golpe de Estado.
As forças leais a Machar assumiram o controle de capitais regionais como Bentiu, no estado petroleiro de Unidad, no norte do país, e Bor, em Jonglei, reconquistada na terça-feira pelo Exército.
Os líderes da África Oriental deram na sexta-feira o prazo até 31 de dezembro para que Machar e Kiir iniciem conversações diretas visando deter os combates.
0 comentários