(do G1) O ministro da Fazenda, Guido
Mantega , afirmou nesta quinta -feira
(28 ), em entrevista à Globo News , que
não descarta elevar a alíquota do IOF
incidente sobre as transações
financeiras chamadas de derivativos,
usados como apostas das empresas e
bancos , brasileiros e estrangeiros no
mercado futuro - que pressionam para
baixo a cotação do dólar.
Na quarta- feira, a cobrança foi
determinada em 1 % sobre a posição
vendida dos bancos que excederem a
variação de US $ 10 milhões. A Medida
Provisória publicada no Diário Oficial ,
no entanto, permite a taxação em até
25%. “Se não funcionar , digamos , se
1 % o pessoal considerar pouco, a
gente aumenta . O limite é 25%” ,
afirmou o ministro.
O governo brasileiro também passou a
exigir que os contratos de derivativos ,
feitos em balcão ( fora do ambiente de
bolsas de valores ) sejam comunicados .
Segundo Mantega , essa
regulamentação sobre as operações é
“definitiva ” : “ Nós teremos um controle
maior sobre as operações com
derivativos . Isso é uma tendência
mundial, depois da crise de 2008 , todo
mundo percebeu que precisava
controlar mais fundos de hedge,
derivativos , que são os grandes
especuladores , que foram os que
levaram a essa alavancagem que nós
vimos ( que levou à crise financeira )”.
“Agora , o IOF pode algum dia ser
eliminado caso não haja digamos uma
exposição grande ”, admitiu.
De acordo com ele, a decisão de
intervir nesse mercado foi tomada
quando “o dólar estava derretendo” .
”Isso me preocupa porque é um efeito
cascata , uma avalanche . O pessoal
começa a ver que está desvalorizando,
então vamos apostar. Aí quando
aposta , acentua a tendência. Dólar
vendido no mercado futuro por
estrangeiros estava crescendo muito
nas últimas semanas , então foi isso
que acendeu o alerta para nós e para
o Banco Central ”, disse .
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