Foto: Vladimir Platonow / Agência Brasil |
"Fui agredido sem motivo, levei cinco pontos na cabeça durante um protesto pacífico. A PM quando entra na manifestação só atrapalha", afirmou o “Batman”, que fora dos protestos trabalha como protético (profissional especialista em próteses dentárias).
No cartaz, "Batman" acusa Ronaldo de traidor e afirma, "você é que merece levar cacete!". Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo o jogador disse, ao falar dos vândalos em manifestações, que a polícia "tem que baixar o cacete neles, tirá-los da rua, prendê-los".
"Acho que os protestantes não violentos vão assistir à Copa. Quem aqui vai querer perder essa oportunidade? Ninguém aqui vai estar vivo quando tiver outra Copa no Brasil. Acho que nem vai ter mais, a Fifa ficou traumatizada", brincou Ronaldo na entrevista.
Apesar de ter mais de 6 mil confirmações na página do evento no Facebook, às 17h, horário marcado para iniciar o protesto, poucas pessoas se reuniam na Cinelândia.
Nem "Batman" escapa
Figura comum nos protestos cariocas, Melo (incorporando Batman) ficou ferido durante o protesto de professores depois que policiais militares chegaram em diversas viaturas e fizeram uma primeira tentativa de desobstruir uma avenida, empurrando os docentes, formando uma linha e usando apenas escudos.
Como os manifestantes se recusaram a sair da via, os policiais usaram spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo, provocando correria e protesto dos educadores. Nesse momento, Melo acabou atingido na cabeça, que ficou ensanguentada, assim como sua fantasia de Batman. "Quando eu senti a pancada, comecei a sangrar na cabeça. Eu estava totalmente pacífico. Sou contra a violência. Ela veio por parte da polícia, que agiu truculentamente, sem necessidade, batendo nos professores. Me empurraram com o escudo e bateram com o cassetete", contou na ocasião.
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