Representante da Ucrânia disse que seu país "não precisa de ajuda externa"; ocidentais dizem que argumentos russos são imaginários |
O embaixador russo, Vitaly Churkin, assegurou que Yanukovich escreveu ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, pedindo para que utilize o exército a fim de restaurar a "paz, a lei, a ordem e estabilidade". Porém, o embaixador ucraniano, Yuriy Sergeyev, revidou dizendo que “essa é uma obrigação do nosso governo (...) não precisamos de ajuda exerna”.
Churkin e Sergeyev trocaram farpas durante reunião. O ucraniano chegou a dizer que seu país e a Rússia teriam "diferentes entendimentos sobre os Direitos Humanos".
Churkin assegurou que grupos "extremistas", "radicais" e "ultranacionalistas" tomaram o controle da situação no país e tentam usar sua "vitória" para acabar com os direitos fundamentais de parte da população, mantendo a posição inflexível do país diante situação; o russo pediu às demais potências "responsabilidade" para "deixar de lado cálculos geopolíticos e pensar nos interesses dos ucranianos".
"Rússia está ressuscitando fantasmas de 1968"
Reino Unido, Estados Unidos e França criticaram duramente a Rússia nesta segunda-feira durante reunião extraordinária do Conselho det Segurança da ONU. Os embaixadores dos países ocidentais disseram que a Rússia estaria se baseando em argumentos imaginários, utilizados para justificar invasões soviéticas entre 1956 e 1968, na Europa.
O embaixador francês, Gérard Araud, disse que a Rússia estaria ressuscitando seus fantasmas com as intervenções, utilizando dos mesmos argumentos da ex-URSS. "Não há desculpas para o que a Rússia tem feito", afirmou.
A representante permante dos Estados Unidos, Samantha Power, por sua vez, questionou a escolha da Rússia de manter os soldados na Crimeia, apesar dos pedidos internacionais. "A Rússia tem muitas opções possíveis. Então, eu pergunto: por que não aceitar? Por que não acolher maneiras de resolver isto pacificamente?", destacou a americana.
O representante da Inglaterra, Mark Lyall Grant, afirmou que a Rússia não apresentou, até o momento, provas sólidas sobre argumentos dados, ultrapassando, portanto, regras da comunidade internacional.
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