Segundo ele, o objetivo dos rebeldes é assumir uma posição de conjuntura e tomar o controle de aeroportos militares, brigadas, depósitos de armas, quartéis e postos de segurança.
O dirigente mostrou sua confiança de que uma possível operação militar dos Estados Unidos favorecerá os rebeldes no campo de batalha onde travam duros combates com as forças governamentais em um conflito que já dura dois anos e meio. "Demos ordens a todas as brigadas de combatentes para que se prepararem e aproveitem essa oportunidade", disse Saadedin.
O coronel espera que a hipotética ação estrangeira, que foi justificada como uma punição ao regime por supostamente ter usado armas químicas contra a população, os ajude a gerar uma mudança benéfica em sua luta contra o presidente da Síria, Bashar al Assad. Os rebeldes querem "ver como os bombardeios afetarão as posições militares e avaliar então a situação para tomar o controle desses lugares", sustentou.
Depois das intensas negociações nas quais os EUA buscaram o maior apoio militar entre seus aliados internacionais, Saadedin negou que exista coordenação entre o Exército Livre Sírio e as forças estrangeiras que estariam dispostas a atacar a Síria. Ele argumentou que o que acontece em seu país é uma "guerra civil" e, portanto, descartou que essas forças do exterior possam ser parte do conflito interno.
Saadedin também afirmou que em algumas dessas instalações militares foi içada a bandeira da oposição síria (verde, branca e preta, e com três estrelas vermelhas no centro) "em uma tentativa desesperada de camuflar os lugares e evitar os bombardeios aéreos".
Caso a intervenção estrangeira finalmente os faça, os opositores armados temem que Damasco adote represálias contra os civis e continue usando armas químicas. "O regime será incapaz de responder contra os combatentes, mas lançará ataques químicos contra a população civil. Prosseguirá usando esse tipo de armas porque perdeu a razão e qualquer sentimento de humanidade", afirmou Saadedin.
Segundo o coronel insurgente, as forças de Assad usaram armamento químico "desafiando as grandes potências e o resto do mundo".
Restando a divulgação dos resultados da equipe da ONU que averiguou denúncias sobre esse tipo de ataque na Síria e com o Conselho de Segurança da ONU paralisado por causa dos vetos russo e chinês, o presidente dos EUA, Barack Obama, optou por atacar a Síria.
No entanto, Obama buscará antes a autorização do Congresso americano, o que evita uma ação iminente e em meio a uma crescente pressão após o golpe que o parlamento britânico deu aos planos do primeiro-ministro David Cameron de apoiar uma intervenção militar.
Apesar das dúvidas que uma operação desse tipo desperta, Saadedin advertiu: "Se não houver uma resposta adequada a Assad, (as grandes potências) perderão a credibilidade em relação a seus povos".
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