O BC voltou a intervir com a oferta de swap cambial tradicional - equivalente a venda de dólares no mercado futuro - próximo ao fim do pregão, após a divisa acelerar a alta e atingir, na máxima do dia, R$ 2,1781.
"O BC deveria ter entrado quando o dólar bateu R$ 2,16, porque se não fizesse, o dólar ia embora: batia R$ 2,17, R$ 2,18... O pessoal ia testar", afirmou o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold, ressaltando, entretanto, que não é possível determinar um teto para a divisa.
A autoridade monetária vendeu 39,1 mil contratos da oferta de 40 mil contratos de swap cambial tradicional.
As últimas atuações do BC para segurar a alta do dólar ocorreram quando a moeda era negociada em torno de R$ 2,16, levando agentes do mercado a acreditarem que o BC não quer o dólar distante de R$ 2,15, com medo do impacto de um real depreciado sobre os preços.
No entanto, o Trabbold classificou a intervenção como "tímida": "Ele só está operando no mercado futuro. Isso afeta o pessoal que faz hedge, mas acho que ele vai acabar vendendo no mercado à vista", emendou.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta segunda-feira, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que a autoridade monetária poderá usar todos os instrumentos que dispõe para combater a volatilidade no mercado cambial.
Segundo analistas, o viés de alta do dólar verificado neste pregão era motivado, principalmente, por operações com o objetivo de testar a tolerância da autoridade monetária à valorização do dólar.
"Essa alta é realmente um braço de ferro entre o mercado e o Banco Central", afirmou o superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira.


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