"Ela pode matar de novo", diz canadense cuja ex-mulher afogou os filhos

O casal Curtis McConnell e Allyson Meagher com seus filhos Connor e Jayden Foto: Arquivo Pessoal/Facebook / Reprodução
O casal Curtis McConnell e Allyson Meagher com seus filhos Connor e Jayden
Foto: Arquivo Pessoal/Facebook / Reprodução
Em 1º de fevereiro de 2010, o canadense Curtis McConnell recebeu um telefonema que mudaria sua vida para sempre. Sua ex-mulher, a australiana Allyson Meagher havia se jogado de uma ponte em uma rodovia. Mas estava viva. Só que a polícia não soube informar o paradeiro de Connor e Jayden, os dois filhos do casal. Desesperado, ele foi para a casa onde a família morava. A porta da frente estava trancada e a TV ligada em alto volume. Não havia nem sinal dos meninos. Curtis procurou pela casa toda até chegar ao banheiro, que também estava trancado. “Eu pude sentir o cheiro dos cadáveres”, disse o pai das crianças, em prantos, no julgamento da mulher no ano passado. Ele usou uma faca para abrir a porta e encontrou os meninos boiando na banheira. “Caí de joelhos e tive que tirá-los da água. Eles estavam duros e frios. Ela deixou meus filhos ali para decomposição”, contou. No assento do banheiro, Allyson deixou a aliança de casamento. Antes de optar pelo afogamento, a australiana chegou a consultar internautas sobre outras formas de matar os filhos: “quanto tempo leva para um afogamento?”, “quanto tempo leva para morrer por estrangulamento?” ou “eletrocutado por um secador de cabelo na banheira?” e “quanto tempo alguém pode ficar sem comida ou água?”. No outro banheiro da casa, o secador já estava na tomada, perto da banheira cheia de água. Uma corda foi encontrada pendurada no teto de uma das salas, com uma cadeira embaixo. Allyson afogou as crianças e, antes de se jogar da ponte, parou para almoçar em um hotel da cidade. Allyson foi condenada a seis anos, mas a pena foi reduzida para 15 meses, por causa de problemas mentais. Cumpriu dez meses em um Hospital Psiquiátrico, ganhou a liberdade e foi deportada do Canadá. No tribunal, a australiana admitiu ser responsável pela morte dos filhos, mas não foi condenada por homicídio doloso porque “houve dúvidas razoáveis sobre sua intenção específica de matar as crianças”, de acordo com o processo. Aos 34 anos, livre, a australiana chegou a Sydney às 9h da última quarta-feira (horário local). Cercada de repórteres, não quis fazer nenhum comentário sobre o caso. “Ela pode matar de novo. Nessa idade, ainda pode formar outra família e ter outras crianças sob seus cuidados no futuro”, disse o ex-marido, revoltado. A acusação ainda está recorrendo da decisão judicial. Os promotores queriam manter Allyson no Canadá até o resultado final do processo, mas o governo canadense decidiu pela deportação.
Categorias: ,

0 comentários