Músicos presos não assumem acionamento de sinalizador em boate

Sinalizadores da banda que tocava na festa seriam o motivo do incêndio na casa noturna Foto: Facebook / Reprodução
Sinalizadores da banda que tocava na festa seriam o motivo do incêndio na casa noturna
Foto: Facebook / Reprodução
O delegado Marcelo Arigony, titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Maria (RS), afirmou na tarde desta segunda-feira que nenhum dos quatro presos preventivamente pelo incêndio na Boate Kiss - dois proprietários do estabelecimento e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira - assumiu a responsabilidade pelo acionamento do sinalizador que teria dado início ao fogo. Investigações preliminares apontam que o artefato pirotécnico, conhecido como Sputnik, teria sido acionado durante a apresentação da banda e provocado faíscas que chegaram ao forro do teto, que entrou em combustão. 

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De acordo com Arigony, os quatro presos apontaram a participação de uma quinta pessoa no acionamento do Sputnik, que não foi identificada. O delegado, entretanto, acredita que a responsabilidade pelo equipamento era da banda. Ainda segundo o responsável pelas investigações, a polícia se debruça na informação de que existem dois tipos distintos de sinalizadores: um para uso interno e outro de uso externo. O objetivo, agora, é identificar qual o tipo dos três sinalizadores usados pela banda durante o show. Último dos quatro suspeitos com prisão preventiva decretada a se apresentar à polícia, o empresário Mauro Hoffman, um dos donos da Boate Kiss, prestou depoimento na tarde desta segunda-feira. "O depoimento dele corrobora o que nós já havíamos apurado no inquérito", afirmou Arigony, durante coletiva de imprensa realizada após 35 horas de investigações. "Não acrescenta nada ao que temos definido, mas possibilita novas oitivas e acareações", afirmou o delegado, sem indicar as possíveis novas testemunhas a serem ouvidas.
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