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| Muitos passageiros tiveram que embarcar para outros aeroportos Foto: Rose Mary de Souza/Especial |
(do Terra) Desde o último sábado o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, virou uma verdadeira "rodoviária" por causa da realocação dos passageiros por via terrestre para os aeroportos de Guarulhos e Congonhas, após o acidente com o pneu de um avião cargueiro que provocou o fechamento da pista. Sem poder autorizar pousos e decolagens, a determinação das empresas aéreas, para evitar maiores prejuízos aos usuários, foi de que todos fossem trasladados por ônibus e vans para outros aeroportos. A comerciante Isaura Firmi Pianca estava com um grupo de 14 pessoas e tinha voo marcado para as 13h com destino a Vitória, no Espirito Santo. Ela chegou ao aeroporto, mas teve que embarcar em ônibus para seguir viagem até São Paulo. "A orientação que nós tivemos foi de vir para cá e depois sermos levados, não sei de que jeito, para outro aeroporto", comentou. Apesar do transtorno, a comerciante comemorou o fato de morar em Jundiaí, que fica a aproximadamente 50 km de Campinas e pela antecipação da companhia aérea, que enviou um aviso aos passageiros via telefone. Já a família do estudante de comunicação Felipe Cunha chegou em Campinas para um casamento e deveria retornar a Presidente Prudente, interior de São Paulo, no voo a Trip, às 23h de domingo. Nesta segunda-feira, cravadas dez horas de espera, eles conseguiram uma van contratada pela companhia para levá-los até Guarulhos, com embarque previsto para as 18h25. A coordenadora de evento Cristina Casarini mora em Campinas e iria embarcar às 13h para Brasília. "Optei por voar por Viracopos, afinal moro aqui. Até pensei em ir a Guarulhos, mas agora, com esse problema, de qualquer jeito, vou sair voando de Guarulhos." Ela retorna daqui uma semana e espera que a situação seja normalizada. Segundo a companhia Azul, que responde por 85% das operações em Viracopos, da noite de sábado até as 15h desta tarde de segunda-feira, a empresa deixará de realizar 450 voos com os mais diversos destinos. Segundo a Infraero, cerca de 20 mil pessoas foram prejudicadas e tiveram que remarcar voos ou procurarem forma paliativa para chegar até outro aeroporto e seguir viagem. Segundo a Infraero, 70 pessoas trabalham na retirada da aeronave da companhia Centurion, um MD 11 que, além do pneu furado, teve avaria em uma das turbinas. Para içar o cargueiro e fazer os reparos os técnicos buscaram equipamentos em São Paulo. Os trabalhos prosseguiam e uma previsão otimista era de que a pista fosse desobstruída até o final da tarde de hoje.
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