Aumento do diesel vai pesar no bolso do consumidor em Blumenau

Reajuste de 4% será refletido no transporte de cargas e de passageiros 
Artur Moser / Agencia RBS
Expectativa é que o aumento no frete seja de cerca de 20%
Foto:  Artur Moser  /  Agencia RBS





 (do Santa)O aumento de 4% do diesel nos postos, válido desde segunda-feira, deve pesar mais no bolso do consumidor a partir de agosto. Isso porque os transportes de passageiros e cargas são afetados diretamente pelo reajuste. A expectativa é que o aumento no frete seja de cerca de 20% — o percentual inclui a elevação de gastos que as empresas estão tendo para seguir a nova lei que regulamenta a profissão de motorista. Na próxima revisão tarifária do transporte coletivo de Blumenau, que ocorre no começo do ano que vem, o aumento do combustível também deve fazer diferença no custo da passagem. O reajuste prejudica ainda mais o setor de transportes que, assim como outros segmentos, está sendo afetado pela economia lenta, opina Osmar Ricardo Labes, presidente do Sindicato das Empresas de Logística e Transporte de Cargas de SC. Labes diz que o reajuste no frete será o segundo do ano, por isso, as empresas pretendem negociar com os clientes, evitando que o impacto seja ainda mais forte no setor. Agora, os cálculos de custos — que variam conforme o tipo de caminhão, carga e itinerário_ estão sendo refeitos. A expectativa é que até o fim de julho o percentual exato de aumento seja conhecido. A nova tabela deve entrar em vigor a partir do dia 1º de agosto. — O problema é que a fase para o setor é muito ruim. Tivemos um primeiro semestre com movimentação baixa. Mas esperamos que nos próximos seis meses haja uma melhora — estima Labes. A estimativa de reajuste de 20% nos fretes é do presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de Santa Catarina, Pedro Lopes. O presidente explica que o valor estimado é a soma do custos dos insumos. Além do aumento do combustível, as empresas estão em fase de adaptação às novas regras em relação à profissão de motoristas. As mudanças, entre elas a imposição de carga horária e tempo de descanso, por exemplo, implicam em mais segurança aos trabalhadores, mas elevam os custos às empresas. Lopes diz que os gargalos do setor precisam ser solucionados para que haja reflexo nas tabelas de preços. — Hoje uma das questões que mais pesam no nosso custo é a mobilidade urbana. Há falta de infraestrutura tanto nas rodovias e quanto nas cidades — explica Lopes. Os dois aumentos do diesel também devem pesar na tarifa do transporte coletivo. Os reajustes significam aumento de R$ 0,02 a R$ 0,03 em cada passagem, afirma o presidente do Consórcio Siga, Valdecir Rosa. Os usuários do transporte coletivo de Blumenau devem sentir o aumento do diesel só na próxima revisão tarifária, que deve ocorrer no começo do ano que vem. Do total da tarifa, 20% do custo está no diesel, 50% com pessoal e o restantes nos demais insumos, como os pneus. Por enquanto, Rosa estima que os corredores de ônibus ainda não refletiram significativamente na tabela de custos do consórcio.
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