
(do Terra) O Santos não terá muito tempo para comemorar o título do Campeonato Paulista. Na próxima quinta-feira, às 22h (de Brasília), a equipe da Vila Belmiro terá pela frente o Vélez Sarsfield, no primeiro duelo entre as equipes pelas quartas de final da Copa Libertadores da América. Já pensando no compromisso, o presidente da equipe santista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, espera uma recepção tranquila, sem as hostilidades sofridas pelo time nesta edição da competição. Ainda com lembranças do ocorrido na Bolívia, quando jogadores santistas acabaram atingidos por objetos no gramado (inclusive Neymar, por uma fruta), Luis Alvaro apontou a maior "conexão" entre Brasil e Argentina para negar o temor de encontrar no Estádio José Amalfitani um clima hostil, como o encontrado contra o Bolívar. "A gente confia que o protesto que fizemos para a Conmebol faça eco. Mas, na Argentina, que possui mais experiência na Libertadores, confiamos que seja diferente. A conexão da informação entre Brasil e Argentina é grande. O Neymar já foi até capa de jornal lá", ressaltou o presidente do clube de Vila Belmiro na noite desta segunda-feira, durante a festa de encerramento do Campeonato Paulista. Apenas um dia depois do título estadual, Luis Alvaro já pensa em repetir 2011 e novamente comemorar a conquista da Copa Libertadores. O presidente procurou valorizar toda a "mecânica" do clube para justificar mais uma taça, e o favoritismo na competição sul-americana. "A gente está preparado para isso. O Santos criou um motor com todas as peças azeitadas: jogadores, comissão técnica e diretoria. Falta a torcida como combustível. Com a torcida animada, não falta mais. Aliás, não falta desde os tempos de Pelé", afirmou o dirigente, um dos primeiros representantes do campeão a chegar ao local da festa. O pensamento do presidente em relação ao "esquecimento" do Campeonato Paulista em virtude da Libertadores também atingiu ao grupo de jogadores. O lateral esquerdo Juan, por exemplo, sequer aproveitou a festa promovida por Neymar, em Santos. "Fiquei aqui em São Paulo mesmo para comemorar com a família. Quinta-feira já tem mais", disse. O gosto de "quero mais" valorizado por Juan também acabou incorporado pelo zagueiro Edu Dracena. "Quanto mais melhor. A gente está vivendo um momento importante, e para o Santos por conta do centenário", disse o capitão do time, sem temer uma possível "ressaca" pós-título. "O Santos há dois anos já provou que consegue mudar de competição muito rápido", completou, antes de elogiar o adversário pelas quartas de final. "Acho que todo confronto Brasil e Argentina é duro. O Vélez é experiente, perdeu ano passado na semifinal para o Peñarol, é bem calejado na competição", concluiu.
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