Conselho de Segurança da ONU condena ataques na Síria


(do UOL) O Conselho de Segurança da ONU condenou fortemente nesta sexta-feira o duplo ataque com carros-bombas que aconteceu na capital síria, Damasco, e mandou suas condolências para as vítimas e seus familiares --ignorando o regime em seu comunicado, como de prática.

Segundo os últimos balanços oficiais, ao menos 44 pessoas morreram após duas explosões de carros-bomba na capital síria, Damasco, e mais de 160 ficaram feridas. De acordo com testemunhas, um carro tentou forçar a entrada na sede de segurança de Estado, enquanto outro se explodiu contra a sede da inteligência.

Além disso, foram escutados disparos na região, em uma nova onda de violência na Síria, que ocorre no dia seguinte à chegada da primeira delegação de observadores da Liga Árabe para comprovar o fim da violência no país.

O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, disse que o comunicado sobre os atentados teve que passar por modificações para ser aceito pelos 15 membros, mas não houve um acordo sobre a proposta russa de divulgar uma nota em apoio ao início da missão da Liga Árabe na Síria.

"O terrorismo em todas as suas formas e manifestações constitui uma das ameaças mais graves contra a paz e a segurança internacionais", afirmou o comunicado resultado de horas de negociações. "Todos os Estados devem garantir que as medidas que tomam para combater o terrorismo cumpram com suas obrigações em relação ao direito internacional e direitos humanos".

Mais cedo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou estar "seriamente preocupado pela escalada da violência na Síria", mas, segundo ele, é responsabilidade do ditador Bashar Assad implementar totalmente o plano de paz proposto pela Liga Árabe. Um grupo de observadores da organização chegou ontem à Síria para abrir caminho para o fim da violência no país.

De acordo com seu porta-voz, Martin Nesirky, Ban destacou também a necessidade de uma mudança política "crível, inclusiva e legítima".

O governo dos Estados Unidos também condenou os atentados e defendeu que não há justificativa para ações terroristas, segundo comunicado do porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner. "Por nove longos meses, o regime de Assad usa a tortura e a violência para reprimir as aspirações do povo sírio para a mudança política pacífica", acrescentou.

DIFERENTES VERSÕES

O principal movimento de oposição da Síria afirmou nesta sexta-feira que o regime de Assad é responsável diretamente por dois atentados realizados na cidade de Damasco. As autoridades sírias, por sua vez, disseram que os ataques mostram o aumento do terrorismo no país.

O CNS (Conselho Nacional Sírio), grupo que reúne boa parte da oposição a Assad, acusou em comunicado o regime de ter "tem toda responsabilidade direta nas duas explosões terroristas". Segundo ele, as autoridades queriam "dirigir uma mensagem de advertência aos observadores [da Liga Árabe] para que não se aproximem dos centros de segurança".

O que o regime busca com estes atentados é dar a impressão "ao mundo que enfrenta um perigo vindo do exterior e não uma revolução popular com a qual se pede liberdade e dignidade", defendeu o CNS.

As autoridades sírias, por sua vez, afirmaram que os atentados ocorridos tem "traços da [rede terrorista] Al Qaeda" e representam uma escalada qualitativa das operações terroristas de grupos extremistas contra o país, com o apoio de forças estrangeiras.

"O modo de execução dos ataques e a escolha de lugares lotados vai de acordo com traços da Al Qaeda e representa uma escalada qualitativa em operações terroristas", disse o regime em comunicado.

De acordo com as autoridades sírias, o duplo atentado mostra "a verdadeira face do plano que a Síria enfrenta e que pretende prejudicar a sua segurança e estabilidade".

LIGA ÁRABE

Uma equipe da Liga Árabe chegou na quinta-feira à Síria para preparar o envio de monitores que irão avaliar se o governo local está cumprindo um plano de paz definido no mês passado. O plano prevê a retirada das Forças Armadas das ruas, a libertação de presos políticos e um diálogo com a oposição.

O regime havia assinado um dia no Cairo o acordo da Liga Árabe que prevê a entrada de observadores internacionais na Síria, como parte do esforço internacional para pôr fim à repressão aos protestos populares que, desde meados de março, pedem a saída de Assad do poder.

O CNS acusa o regime de ter transferido "milhares de presos a guarnições militares fortificadas" onde os observadores da Liga Árabe não têm acesso. Segundo o conselho, o objetivo das autoridades é esconder dos observadores "qualquer rastro que provem os assassinatos, os atos de tortura e as valas comuns".

As autoridades sírias, por sua vez, afirmaram que os atentados ocorridos tem "traços da [rede terrorista] Al Qaeda" e representam uma escalada qualitativa das operações terroristas de grupos extremistas contra o país, com o apoio de forças estrangeiras.

"O modo de execução dos ataques e a escolha de lugares lotados vai de acordo com traços da Al Qaeda e representa uma escalada qualitativa em operações terroristas", disse o regime em comunicado.

De acordo com as autoridades sírias, o duplo atentado mostra "a verdadeira face do plano que a Síria enfrenta e que pretende prejudicar a sua segurança e estabilidade".

LIGA ÁRABE

Uma equipe da Liga Árabe chegou na quinta-feira à Síria para preparar o envio de monitores que irão avaliar se o governo local está cumprindo um plano de paz definido no mês passado. O plano prevê a retirada das Forças Armadas das ruas, a libertação de presos políticos e um diálogo com a oposição.

O regime havia assinado um dia no Cairo o acordo da Liga Árabe que prevê a entrada de observadores internacionais na Síria, como parte do esforço internacional para pôr fim à repressão aos protestos populares que, desde meados de março, pedem a saída de Assad do poder.

O CNS acusa o regime de ter transferido "milhares de presos a guarnições militares fortificadas" onde os observadores da Liga Árabe não têm acesso. Segundo o conselho, o objetivo das autoridades é esconder dos observadores "qualquer rastro que provem os assassinatos, os atos de tortura e as valas comuns".
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