Computador com dados de Instituto de R10 é furtado; Câmara investiga 'queima de arquivo'
(do UOL) Um roubo, dentro da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, se junta aos capítulos de investigação ao Instituto Ronaldinho Gaúcho, extinto no começo deste ano. No furto, ocorrido na noite de quarta-feira, foi levado tão somente um computador. E nele, estavam documentos referentes ao projeto social do atual jogador do Flamengo.
O caso, já em investigação policial, é visto por alguns políticos como uma espécie de ‘queima de arquivo’, para afetar na tentativa de instaurar uma CPI contra o Instituto Ronaldinho Gaúcho.
De acordo com a Rádio Guaíba, a presidente da Câmara de Vereadores, Sofia Cavedon, não descarta algum tipo de motivação política. A visão não é unânime. “A informação de que trata-se de um furto político não chegou até mim. Pode até ser. Mas, independentemente, dos documentos procurados pelo suspeito, há cópias de todos processos nas demais máquinas da Casa”, disse à emissora o diretor-geral da casa, Assis Brasil Olegário Filho.
O computador furtado ficava na sala da Comissão de Educação, Cultura e Esporte. Na primeira análise das fitas de segurança, já foi possível identificar o suspeito. “sistema de segurança identificou um homem bem vestido que, por volta das 19h, arrombou a sala e entrou. Ele levou um computador, o monitor e o CPU”, contou Olegário Filho.
O mentor das investigações contra o Instituto Ronaldinho Gaúcho, o vereador Mauro Pinheiro, do PT, disse ter outras cópias dos dados levantados, mas não escondeu a incredulidade com o caso. “Achei muito estranho. Estou no primeiro mandato, mas nunca ouvi falar em entrarem na Câmara para roubar”, disse.
O Instituto Ronaldinho Gaúcho foi inaugurado no final de 2007, na zona sul de Porto Alegre. De acordo com levantamento feito pela prefeitura, o projeto recebeu mais de cinco milhões de reais até o ano passado. O objetivo da ONG era dar cursos profissionalizantes e realizar atividades esportivas com crianças carentes da capital gaúcha.
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