Carros vendidos no Brasil dão grave vexame em crash test


(do UOL) A segunda fase do programa Latin NCAP, que avalia a segurança de carros vendidos na América Latina, traz uma péssima notícia para os donos de alguns dos carros mais populares no Brasil: em caso de um acidente, os riscos para a integridade física dos ocupantes são altos.

Segundo o relatório do Latin NCAP, o principal problema dos carros mais populares (em vendas e preço) do Brasil está na fragilidade estrutural. "Os testes evidenciam carrocerias frágeis e incapazes de aguentar fortes impactos, além de estruturas perigosas que apresentam graves riscos de lesão e até de morte a seus passageiros, especialmente a região da cabeça do motorista", diz o texto.
E prossegue: "Modelos populares foram falhos em oferecer proteção adequada, sobretudo ao peito do motorista, mas também devendo muito em segurança às pernas e aos joelhos dos passageiros".

O Latin NCAP realiza atualmente apenas testes de impacto frontal, a 64 km/h, com ligeiro desvio lateral (para simular uma tentativa do motorista de desviar do obstáculo). É uma prova mais simples que as executadas por órgãos equivalentes na Europa e nos Estados Unidos. Os resultados, exibidos nesta quinta-feira (24), são ruins para praticamente todos os modelos testados.

Os modelos à venda na Europa, avaliados pelo Euro NCAP, tiveram notas muito melhores que os latino-americanos.

Os dados mostrados no quadro logo abaixo referem-se às duas fases do programa Latin NCAP, sendo que a primeira foi realizada em 2010. Os carros que foram testados nesta segunda fase são: Chevrolet Celta, Classic e Cruze; Fiat Uno, Ford Focus (hatch) e Ka, Nissan March e Tiida hatch. A adesão é voluntária. No quadro, a legenda "sponsors test" indica modelos testados a pedido dos fabricantes, que têm interesse nos resultados do programa. Também há a indicação sobre se o carro possui ou não airbags. O texto tem palavras em inglês.
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