Alguns integrantes do movimento derrubaram as grades laterais do Congresso e avançaram em direção ao prédio. Parte dos manifestantes chegou a jogar pedaços de pau e pedras nos policiais, que revidaram com bombas de efeito moral. Segundo a PM, 22 policiais foram feridos. Ainda não há informações sobre manifestantes machucados.
Após líderes do MST pedirem para que os manifestantes se acalmassem, o grupo começou a retornar para o Ginásio Nilson Nelson, onde está concentrado.
O MST, que completa 30 anos em 2014, está em Brasília, para, entre outras pautas, levar ao governo federal uma lista de reivindicações sobre políticas de reforma agrária. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, responsável pela interlocução com os monvimentos sociais, conversou com a liderança do movimento e recebeu uma lista de propostas.
O protesto é uma marcha com o objetivo de denunciar a “paralisia da reforma agrária no Brasil”. Os manifestantes entoavam gritos e exibem cartazes. As mensagens mais chamativas são "Dilma, cadê a reforma agrária?", "Exigimos uma reforma política" e "Dilma, se liberte do agronegócio".
A presidente Dilma Rousseff prometeu receber um grupo de sem-terra nesta quinta-feira, em audiência marcada para as 9h. Dilma não estava no Palácio do Planalto no momento da confusão entre policiais e manifestantes – ela despacha hoje no Alvorada, sua residência oficial, localizado a cerca de seis quilômetros do local do protesto. Enquanto a PM faz o policiamento na Praça dos Três Poderes, o Palácio do Planalto é protegido pelo Batalhão de Choque do Exército.
Protesto interrompe sessão no STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) interrompeu a sessão de julgamentos desta tarde devido a uma ameaça de invasão por alguns integrantes do MST durante a manifestação na Praça dos Três Poderes. Eles derrubaram as grades que faziam a proteção do prédio. Para evitar a invasão do prédio, seguranças do Supremo e soldados da Policia Militar entraram em conflito. A tentativa de invasão do prédio aconteceu no momento em que os ministros estavam reunidos no plenário da Corte.
O presidente do STF, Joaquim Barbosa, não estava no plenário no momento em que os fatos ocorreram. A sessão era presidida pelo vice-presidente Ricardo Lewandowski, que interrompeu os trabalhados ao ser alertado pela equipe de segurança. “Fui informado agora pela segurança que o tribunal corre o risco de ser invadido. Vamos fazer um intervalo na sessão”, disse. A sessão foi retomada após 50 minutos.
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