O principal índice da Bovespa teve a terceira queda consecutiva nesta sexta-feira, pressionado por expressiva desvalorização da OGX, movimento limitado pelo avanço de Petrobras e Banco do Brasil.
O Ibovespa caiu 1,32%, a 54.154 pontos. Na semana, o índice perdeu 2,2%, após duas altas semanais. O giro financeiro do pregão foi de R$ 5,4 bilhões.
Na sessão, investidores conferiram resultados corporativos no terceiro trimestre, incluindo Cia Hering, Lojas Renner e Natura. Petrobras anuncia seu desempenho trimestral após o fechamento do mercado.
"Lá fora os mercados estão de olho em resultados corporativos e aqui tivemos balanços de varejistas", afirmou o analista William Alves, da XP Investimentos.
Os papéis da Cia Hering encerraram em baixa, após a empresa ter reportado queda nas vendas no critério mesmas lojas de sua principal marca, a Hering Store. Já Lojas Renner teve a segunda maior valorização do índice, com boas perspectivas de vendas de Natal somando-se a uma alta de 4,6% do lucro entre julho e setembro.
Mas a maior influência sobre o Ibovespa ficou mais uma vez com a petroleira OGX, que recuou 19,4%, em meio a temores de que seja em breve declarada oficialmente inadimplente. A mineradora MMX, também do grupo EBX, teve a segunda maior queda do Ibovespa.
Também pressionaram o índice os papéis da operadora de telefonia TIM Participações, em linha com os da controladora Telecom Italia, que caíram 6,4%.
Fontes revelaram que o conselho da endividada empresa italiana pode chamar capital e cortar dividendos. Uma fonte disse que a empresa considera vender sua fatia na TIM no Brasil para reduzir sua dívida. Mas alguns analistas afirmam que a venda da unidade brasileira levaria tempo.
A queda do Ibovespa não foi maior por conta da influência positiva da Petrobras, que anunciou nesta manhã que a produção média de petróleo da companhia no Brasil subiu para 1,979 milhão de barris por dia (bpd) em setembro, alta de 3,7% ante agosto e no maior nível do ano.
Banco do Brasil foi outro destaque positivo, após o governo elevar o limite de participação estrangeira no capital da instituição de 20 para 30%.
"O aumento de participação de capital estrangeiro pode fazer com que a tomada de decisão do banco seja mais direcionada para geração retorno ao acionista e não necessariamente para a realização de políticas públicas", disseram analistas da Um Investimentos em relatório.
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