Segundo Secretaria de Segurança Pública, nenhum manifestante será detido se portar vinagre nos protestos |
Eles ainda informaram que pretendem fazer uma reunião, nesta segunda, 10h, com representantes do Movimento Passe Livre (MPL), que é um dos organizadores dos protestos contra o aumento da passagem do transporte público em São Paulo. Segundo Grella, os contatos com membros do MPL serão feitos por telefone.
De acordo com o secretário, um dos objetivos deste encontro é definir um trajeto para a manifestação. A partir daí, a PM irá orientar a população para evitar o trajeto adotado pelos manifestantes, desviar o trânsito e bloquear ruas e avenidas.
"Eles (Movimento Passe Livre) não querem que se repitam os fatos da quinta-feira passada, acreditamos que chegaremos a um acordo e que não haverá a necessidade de usar o Choque (Tropa de Choque)", afirmou o secretário.
Grella não descartou que pontos importantes de São Paulo, como a avenida Paulista ou a marginal Pinheiros, sejam interditados por conta da manifestação, mas afirmou que o governo "fará suas ponderações" ao movimento, para tentar diminuir o impacto no tráfego pela cidade. "O objetivo desse encontro é reduzir o incômodo ao cidadão."
O outro objetivo do encontro, segundo o secretário, é "garantir a manifestação pacífica, sem nenhum conflito". Questionado sobre ações a serem adotadas caso os manifestantes não cumpram o acordo firmado, Grella respondeu apenas acreditar que não haverá desentendimentos.
Segundo Mayara Vivian, intergrante do Movimento Passe Livre, o movimento comparecerá à reunião, mas entende que "a decisão do trajeto do protesto cabe ao povo que vai às ruas, não à Polícia Militar e à Secretaria de Segurança Pública".
Segundo membros do MPL, o movimento não possui líderes e as decisões são tomadas em reunião. Até as 17h50, o Movimento Passe Livre não havia se pronunciado oficialmente sobre o convite. Em nota, o grupo convocou uma coletiva de imprensa para esta segunda-feira, às 9h.
PM nega relatório sobre participação de partidos políticos
O comandante da PM negou que a polícia tenha homens infiltrados entre os manifestantes, e que um relatório da inteligência da corporação tenha sido elaborado.
Segundo reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo deste domingo, o serviço secreto da Polícia Militar afirma em relatórios sobre as manifestações que os grupos mais violentos não agem de maneira espontânea.
A publicação diz ainda que os documentos apontam que punks que partem para o quebra-quebra são arregimentados por militantes do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) com o objetivo de desgastar o PT, do prefeito Fernando Haddad, e o PSDB, do governador Geraldo Alckmin.
Segundo Meira, não há nenhum relatório deste tipo, e a informação não procede. "A polícia não faz mapeamento de nenhum grupo nas manifestações", disse.
Fotógrafos protestam
Durante a coletiva, fotógrafos entregaram ao secretário de Segurança uma carta, assinada pela Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no Estado de São Paulo (ARFOC-SP) em protesto à ação violenta da polícia na quinta-feira com profissionais da imprensa, em que pedem a apuração de possíveis excessos cometidos.
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