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Protestos no Egito deixam pelo menos 2 mortos e 70 feridos
Protestos no Egito deixam pelo menos 2 mortos e 70 feridos
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Torcedores do Al-Ahly comemoram sentença de pena de morte a 21 envolvidos em tragédia no estádio de Port Said, quando 74 pessoas morreramFoto: AP |
Pelo menos dois manifestantes morreram neste sábado durante duros enfrentamentos entre os torcedores do clube de futebol Al Ahly, que protestam pela sentença do massacre do estádio de Port Said, e as forças de segurança no centro do Cairo, informaram à Efe fontes de segurança. As fontes explicaram que os agentes antidistúrbios disparam gás lacrimogêneo contra os manifestantes, enquanto estes últimos lhes lançam pedras e morteiros. Pelo menos 70 pessoas ficaram feridas.
Esses choques acontecem horas depois que milhares de torcedores radicais do Al Ahly, conhecidos como "Ultras Ahlawy", incendiaram o Clube de Oficiais da Polícia e a sede da Federação Egípcia de Futebol, também na capital egípcia.
Os protestos desses torcedores explodiram depois das sentenças ditadas na manhã de hoje por um tribunal na causa do massacre de Port Said, em fevereiro de 2012, quando 72 pessoas, a maioria delas torcedores do Al Ahly, morreram nesse estádio em confronto contra a torcida do time local, Al Masry.
A corte condenou neste sábado à prisão perpétua quatro acusados pelo massacre no estádio e confirmou as penas de morte emitidas em janeiro contra outros 21 acusados. O tribunal, presidido pelo juiz Sobhi Abdelmeguid, ordenou que os condenados sejam enforcados pelos delitos de "assassinato e tentativa de assassinato" em Port Said. As penas de morte já haviam sido pronunciadas em 26 de janeiro e enviadas ao mufti - máxima autoridade religiosa do Egito - para que ele emitisse sua sentença, embora ainda restasse a confirmação da Justiça.
Além disso, a corte decretou hoje penas de prisão com prazos de um e 15 anos para o restante dos acusados, ao mesmo tempo em que absolveu outras 28 pessoas. Entre os condenados a 15 anos de prisão estão duas antigas autoridades policiais de Port Said, enquanto outros sete membros da Polícia foram absolvidos.
O porta-voz oficial da presidência egípcia, Ihab Fahmi, disse que esta instituição não se pronunciará sobre as sentenças do tribunal, mas ressaltou que "as decisões da Justiça são obrigatórias e devem ser respeitadas"
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