Banco Central mantém Selic a 7,25% pela 3ª vez seguida
Pela terceira vez consecutiva, a taxa básica de juros (Selic) foi mantida pelo Banco Central. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC optou por manter a taxa em 7,25% ao ano, patamar registrado desde outubro de 2012 e o menor histórico. A manutenção vem de encontro às expectativas do mercado.
Em nota, o Banco Central informou que tomou a decisão ao avaliar a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação. "O Comitê irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária."
A maioria dos analistas financeiros esperava pela manutenção dos juros básicos, segundo o boletim Focus, do BC, que ouve o mercado. A maioria das instituições financeiras trabalha com a perspectiva de a Selic deve continuar em 7,25% até o fim do ano. No entanto, começam a surgir defensores de que uma ligeira elevação da Selic seria um "remédio" para combater a inflação. Outros esperam que a taxa básica de juros aumente em um ponto percentual, para 8,25%, ainda neste ano.
O mercado aposta que a inflação em 2013 deve ficar em torno de 5,7%. Para 2014, a expectativa é que o indicador fique em 5,5%. Ambas as previsões estão fora do centro da meta perseguida pelo governo, que é de 4,5%, mas dentro do intervalo de tolerância, que vai de 2,5% a 6,5% ao ano.
Em 2012, o Copom reduziu a Selic em 3,75 pontos percentuais. Em agosto de 2011, quando a Selic estava em 12,5% ao ano, o Copom deu início ao processo de afrouxamento da política monetária para dar força à economia nacional - impactada pelo desempenho frágil do crescimento mundial. O Copom reduz a Selic para estimular a atividade econômica. No sentido oposto, a taxa é elevada quando a autoridade monetária avalia que a economia está muito aquecida, com alta dos preços. Então, o Copom sobe a taxa para incentivar a poupança, desestimular o consumo e segurar a inflação.
A Selic é usada como referência para as taxas cobradas pelos bancos de seus clientes e desde o ano passado o indicador serve também para medir o rendimento da caderneta de poupança. Quando a Selic atinge o patamar de 8,5% ao ano ou menos, o investimento mais usado pelos brasileiros rende o equivalente a 70% da taxa básica de juros, acrescida da Taxa Referencial (TR).
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