Nova manifestação, no fim da tarde, provocou lentidão na Marginal Pinheiros Foto: Fábio Santos / Terra |
Motociclistas insatisfeitos com a nova regulamentação para a atividade de motofrete voltaram a se manifestar em São Paulo no início da noite, desta vez parando o trânsito na Marginal Pinheiros, um das principais vias da capital paulista. O S8 presenciou dois bloqueios, improvisados por volta das 18h30 num trecho de aproximadamente 5 quilômetros entre as pontes do Morumbi e João Dias, no sentido Interlagos, na zona sul da cidade.
Em meio a gritos de "Vamos fechar tudo" e muitas buzinas, motociclistas paravam suas motos atravessadas na via, buscando apoio entre outros que chegavam e se aglomeravam - muitos dos quais buscavam desviar e seguir caminho.
"Está f... hoje", reclamou um motociclista insatisfeito com a movimentação. "Acho que essa zoeira é por causa daquela nova lei", afirmou outro, também irritado, que não queria tomar parte no protesto.
Após vencer o primeiro bloqueio, os motoristas encontraram uma cena impensável para uma sexta-feira à noite, chuvosa: a via marginal totalmente livre. No entanto, a cena durou pouco. Alguns quilômetros à frente, um novo bloqueio de motociclistas repetia o protesto contra a decisão do poder público.
A nova regulamentação
As novas regras do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para a atividade do motofrete, que entram em vigor no sábado, impõem uma série de exigências aos profissionais: que façam um curso de capacitação (cuja carga horária é de 30 horas); possuam carteira de habilitação na categoria; tenham mais 21 anos ou mais; e façam uma série de adequações de segurança nas motos, como a sinalização dos capacetes com o número do motofrete e faixa refletiva, o uso de colete com faixas refletivas nas costas e a instalação de um suporte de compartimento de carga adequado.
As novas regras do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para a atividade do motofrete, que entram em vigor no sábado, impõem uma série de exigências aos profissionais: que façam um curso de capacitação (cuja carga horária é de 30 horas); possuam carteira de habilitação na categoria; tenham mais 21 anos ou mais; e façam uma série de adequações de segurança nas motos, como a sinalização dos capacetes com o número do motofrete e faixa refletiva, o uso de colete com faixas refletivas nas costas e a instalação de um suporte de compartimento de carga adequado.
Em agosto do ano passado, a categoria já havia feito um grande protesto na cidade de São Paulo, fechando vias como a marginal Pinheiros, por causa do mesmo problema. Na época, o Contran adiou em seis meses o início da aplicação da lei.
Representantes do motociclistas reclamam da falta de tempo para a adequação às novas regras, dos custos que elas vão acarretar e questionam a eficácia de algumas delas.
Apesar dos protestos, o Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) diz que está preparado para fiscalizar e aplicar a nova lei.
0 comentários