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Venezuela: líder chavista denuncia conspiração da "direita"
Venezuela: líder chavista denuncia conspiração da "direita"
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Jorge Rodríguez, chefe do Comando Carabobo, reitera que Chávez não precisa tomar posse dia 10 de janeiro Foto: Telesur / Reprodução |
Em meio a um duelo interpretativo sobre a Constituição venezuelana, o governo de Hugo Chávez voltou a acusar a oposição "direitista" de planejar uma "conspiração" contra o presidente. Falando em entrevista coletiva em Caracas, o chefe de campanha política chavista, Jorge Rodríguez, reiterou a interpretação do vice, Nicolás Maduro, de Chávez não precisa tomar posse no dia 10 de janeiro e atacou os movimentos que defendem a necessidade da presença do mandatário para assumir seu inédito quarto mandato.
"Sobram, abundam os argumentos que suportam o que está dito na Constituição. Por isso, denuncio uma conspiração, uma conspiração sempre baseada no mesmo", disse Rodríguez, do Comando Carabobo. Para ele, a leitura de que a ausência de Chávez no dia 10 de janeiro implicaria a convocação de um novo pleito presidencial é meramente a manifestação de "uma direita venezuelana que quer derrubar o presidente Chávez, (...) a direita mais asquerosa da Venezuela".
Rodríguez acusou a oposição de deturpar a Constituição ao promover o que seria a leitura parcial do artigo 231. Este artigo fixa o dia 10 de janeiro como a data para a posse do presidente eleito perante a Assembleia Nacional, mas também afirma que, caso o presidente não possa comparecer a este órgão, poderá cumprir com a formalidade ante o Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Não fica claro, todavia, quando o procedimento poderia ser realizado no STJ.
A oposição venezuelana mandou uma mensagem ao secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, altertando sobre o que uma eventual "violação da ordem constitucional". "Se até 10 de janeiro não ocorrer o juramento do presidente e não forem ativadas as disposições constitucionais relacionadas com a falta temporária do Presidente da República, será consumada uma grave violação à ordem constitucional na Venezuela que afetará a essência da democracia", indica a carta enviada na segunda-feira pela Mesa da Unidade Democrática (MUD).
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