Atleta retornou nesta sexta-feira com o Brasil após mais uma experiência olímpica Foto: André Nadeo/Terra |
(do Terra) No hall dos poucos atletas brasileiros que já conquistaram três medalhas olímpicas, Emanuel já teve a experiência de disputar os Jogos em Atenas, em 2004, e em Pequim, em 2008, quando conquistou ouro e bronze, respectivamente. Foi o evento de Londres, no entanto, onde conquistou a prata ao lado de Alison este ano, que trouxe mais orgulho para o atleta, que desembarcou na noite desta sexta-feira no aeroporto internacional do Rio de Janeiro. "Londres foi a Olimpíada mais bonita que eu já participei. O povo inglês deu um show. O sistema de transporte foi espetacular. Fomos de metrô, saindo do Crystal Palace (quartel general dos atletas brasileiros), com tudo funcionando. Foi sensacional", admitiu o atleta brasileiro, que ressaltou ainda a presença maciça do público na arena montada na capital inglesa. "Em termos de arena, todo dia tinha 15 mil pessoas e estava sempre lotada. Eram quatro jogos, saia todo mundo e lotava todo mundo de novo. Por dia, passavam 45 mil pessoas assistindo vôlei de praia. Isso é fantástico", ressaltou Emanuel, que aos 39 anos se mostra orgulhoso de ver seu esporte hoje com apelo internacional. "Eu vi esse esporte começar do zero e hoje é um esporte tremendamente assistido. Os ingleses curtiram, falaram nosso nome. O vôlei de praia, com 20 anos de existência, é hoje um super esporte. E estou muito feliz por fazer parte dessa história", discursou. "Com 11 anos de idade, eu estava assistindo (aos Jogos de) Los Angeles, em 1984, nossa geração de prata, e aquilo me motivou a entrar no vôlei. Quando tinha de 16 pra 17 anos, eu queria ser o melhor do mundo. Não foi na quadra, pela minha altura não dava, e acabei fazendo a escolha certa", disse. Falando ainda sobre o passado, o parceiro Alison, muito mais novo, com 26 anos de idade, relembrou dois momentos históricos do esporte brasileiro que o fizeram também sonhar em, um dia, conquistar uma medalha olímpica. "Em 1992 eu acompanhei o Aurélio Miguel (ouro no judô) e nunca imaginava ganhar uma medalha. E ao ver a Seleção masculina de vôlei também se consagrar, eu tive a certeza que queria ganhar uma medalha", relembrou. "É um momento muito especial na minha carreira. Nos últimos três anos ganhei um irmão e hoje eu tenho uma família completa", completou o atleta.
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