Justiça dá duas novas decisões sobre conduta de médico de Gaspar, acusado de violação sexual e atentado ao pudor

Fernando César Buchen foi preso num consultório em Blumenau, em 1º de abril de 2011 


(do Santa) Passados 14 meses desde que iniciou uma batalha judicial para provar a inocência, o ortopedista Fernando César Buchen, acusado de casos de violação sexual, viu dois capítulos dessa história ganhar novos contornos na última semana. Dois processos, que corriam na Comarca de Blumenau, tiveram as sentenças anunciadas nos dias 25 e 26 de julho. Cada uma, com uma conclusão diferente. A decisão mais recente, do juiz Ricardo Rafael dos Santos, da 1ª Vara Criminal, absolveu o médico da denúncia de violação sexual, feita pelo Ministério Público. Na sentença, o magistrado alega que não foi demonstrada a "necessária prova irrefutável" do crime e, assim, a "absolvição é a medida que se impõe". Segundo o advogado de Buchen, Juarez Piva, a decisão faz parte do trabalho feito pela defesa em provar a inocência do médico. Ainda em julho, dia 25, em um segundo processo que tramita em segredo de Justiça, o médico foi condenado a dois anos de prisão. A pena, porém, foi convertida pelo próprio juiz em pagamento de um salário mínimo à vítima e à prestação de serviço comunitário por dois anos _ que deve ser feita em uma hora por dia, sem prejudicar a jornada de trabalho de Buchen. O juiz também concedeu ao médico o direito de recorrer da decisão em liberdade. O advogado de Buchen alegou que vai recorrer da sentença ao Tribunal de Justiça (TJ). Fernando César Buchen foi preso num consultório em Blumenau, em 1º de abril de 2011. Ele respondia desde 2008, em liberdade, a um processo por atentado violento ao pudor. Como já era investigado, uma nova denúncia, feita no fim de março de 2011 por uma jovem de 24 anos, serviu de base para o Ministério Público pedir a prisão preventiva. O mandado de prisão foi expedido pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Gaspar, Sérgio Agenor Aragão. À tarde, no mesmo dia da prisão, outras quatro mulheres procuraram a polícia para denunciá-lo.
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