COI tenta apaziguar crise da segurança e pede foco "no que importa"

Jacques Rogge conversa em aeroporto na chegada em Londres. Foto: Gertty Images
Jacques Rogge conversa em aeroporto na chegada em LondresFoto: Gertty Images

(do Terra)Depois do primeiro dia reunido com os membros executivos do Comitê Olímpico Internacional (COI), o presidente Jacques Rogge falou sobre o assunto mais criticado nesta edição dos Jogos Olímpicos de Londres: segurança. Questionado sobre a falha no contrato do Comitê Organizador Local (Locog) com a empresa G4S, que não conseguiu entregar mais de 3 mil homens para fazer a vigia das arenas esportivas, Rogge tentou apaziguar a situação, mostrou tranquilidade e disse que o problema está perto de ser resolvido. "As explicações do governo e do Locog são muito claras. Não vou entrar em detalhes, mas estão nos tranquilizando. Foi um problema que está identificado, serão tomadas as medidas certas e a empresa pagará a indenização ao Locog pelas falhas no cumprimento do contrato. O caso está sendo resolvido e estamos começando a pensar nas questões que são importantes para realizar excelentes Jogos", disse. Pouco antes de ser indagado, Rogge já tinha dito que o balanço até agora de tudo que lhe foi passado é bastante positivo. Segundo ele, as questões de imigração, transporte e funcionamento da Vila receberam diversos elogios. "(Sobre segurança) vamos assegurados pelo comitê e pelo governo. A segurança está em andamento e estamos satisfeitos". Questionado se indicará para o Comitê Organizador dos Jogos do Rio 2016 que contratem uma empresa particular para fazer a parte da segurança, Rogge desconversou sobre o assunto. "Eu não posso comentar sobre este assunto, sobre soluções que ainda não foram tomadas. Teremos que analisar esta questão com a nossa equipe técnica". Veja temas e trechos das declarações de Jacques Rogge: Doping "Vamos trabalhar com a Wada do final de Londres até os Jogos Olímpicos de 2016 para reforçar e melhorar o sistema de antidopagem. Não é apenas uma preocupação para o Brasil como para todos os países...Nós temos a intenção de lutar contra doping. Mas todas as nossas sanções têm que ser aceitas por outras esferas". Atletas cortados por lesão "Examinaremos a situação de forma prática, se estão lesionados entenderemos. Realizaremos estas conclusões com muita atenção, se a equipe médica não aceitar a decisão do primeiro médico será punido o atleta. Essa prática de competir com outro competidor que não está inscrito está proibida". Punição a lojas que utilizam símbolo olímpico "Nossa posição é clara. Nós temos que proteger os patrocinadores porque sem eles não há Jogos. Mas tem que haver equilíbrio. Casos individuais não vão ser perseguidos pela polícia. Se houver ¿ambush marketing¿ (prática em que a empresa associa sua marca a um evento sem pagar pelos direitos), vamos interferir". Possível protesto de atletas argentinos contra ocupação das Malvinas "Conversamos com o Comitê Olímpico Argentino e com o governo local. A presidente Cristina Kirchner fez um apelo para todos atletas argentinos, ressaltando que os Jogos olímpicos não são um local para se fazer protestos políticos e creio que isso não será problema". Homenagem às vítimas de atentados nos Jogos de Munique 1972 "Nós faremos uma homenagem aos atletas israelenses na chegada ao aeroporto em Heathrow e o COI participará de uma cerimônia feita para as vítimas na Alemanha, no dia 5 de setembro. Entendemos que a cerimônia de abertura tem uma atmosfera em que não se encaixa a lembrança de uma tragédia como essa". Atletas fora da Vila Olímpica "Isso é novo no esporte. No meu tempo isso não acontecia, mas entendo a necessidade de alguns atletas de ficarem fora da Vila. Lembro de Carl Lewis na Olimpíada de Atlanta, em 1996, Ele não podia andar sozinho porque era seguido por outros. Isso atrapalha a concentração do atleta. Sempre aconselhamos todos a ficarem na Vila por ser um local com todo conforto e recursos disponíveis. Não sei o que podemos fazer isso. Em alguns casos, eu entendo. Lembro de outro caso da Steffi Graff, em que ela foi comer no refeitório e juntou vários atletas em torno dela. Ela não conseguia terminar de comer uma sopa porque não paravam de perguntar coisas". Venda de ingressos "Vamos tomar medidas. Faremos uma revisão de todo o sistema de venda de ingressos. Isso vai começar logo após os Jogos Londres. Será requisitado um sistema que será melhor".
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