Vaticano em busca de cúmplices após escândalo, diz imprensa

 Freira usa ferro de passar para preparar altar para a chegada do papa Bento XVI antes de missa no Vaticano. Foto: AP
(do Terra) Após a detenção na quarta-feira de Paolo Gabriele, mordomo do papa Bento XVI e suspeito de estar na origem do vazamento de documentos confidenciais, a caça contra outras "toupeiras" e seus cúmplices segue aberta, assegura neste domingo a imprensa italiana. "Vaticano, caça aos cúmplices" é a manchete do La Stampa. "Os investigadores buscam confirmações, provas, cúmplices e um eventual nível superior", escreve o jornal. A guarda vaticana prendeu Gabriele e encontrou documentos confidenciais em sua residência, um mês após a criação de uma comissão de investigação no Vaticano, encarregada de esclarecer o caso dos vazamentos, que desde janeiro coloca em uma situação delicada a hierarquia católica. "O mordomo fala, o Vaticano treme, caça contra os instigadores: há uma mulher", escreve na primeira página o Repubblica. "Também há uma mulher entre as toupeiras do Vaticano, uma laica que trabalha no Palácio Apostólico", afirma o jornal, que a descreve como jovem, casada e que "acompanhou em março Bento XVI em sua viagem ao México e a Cuba". "Começou a trabalhar no Vaticano com João Paulo II e foi confirmada por Joseph Ratzinger", acrescenta o jornal. "Ninguém acredita que o mordomo foi capaz de orquestrar sozinho o Vatileaks e os olhares se voltam para um nível superior, eclesiástico", explica. Um livro publicado há oito dias na Itália contém documentos confidenciais do Papa, que ilustram muitos debates internos, como, por exemplo, a situação fiscal da igreja, ou os escândalos sexuais dos Legionários de Cristo.
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