Secretário-geral da ONU acusa Síria de crimes contra civis

Manifestantes sírios em Yabroud no dia 2 de março. | Foto: Reuters
(da BBC) Depois que Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse que seu comboio na cidade de Homs teve acesso negado ao bairro devastado de Baba Amr, Ban disse ter receio de que as forças sírias estivessem executando, aprisionando e torturando pessoas arbitrariamente na região.

Ativistas sírios acusaram o governo de atrasar o comboio para esconder evidências de crimes.
Ban disse que a comunidade internacional não cumpriu com seu dever e que sua inação encorajou as autoridades sírias na repressão dos civis.
O comboio da Cruz Vermelha chegou nesta sexta-feira à cidade sitiada de Homs, na Síria, mas não conseguiu entrar em Baba Amr, um importante reduto rebelde.
"É inaceitável que pessoas que precisam de assistência de emergência nas últimas semanas ainda não tenham recebido nenhuma ajuda", afirmou o presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Jakob Kellenberger, por meio de um comunicado.
Kellenberger disse ainda que o comboio de sete caminhões e ambulâncias do Crescente Vermelho sírio vai passar a noite em Homs para tentar entrar em Baba Amr "em um futuro muito próximo".
'Matadouro'
Em entrevista à BBC, o jornalista espanhol Javier Espinosa, que esteve preso em Baba Amr durante o bombardeio sírio, disse que o sítio das forças do governo era bastante sistemático, com bombardeios começando às 06h (no horário local) e continuando até as 18h.
Espinosa disse que não havia proteção para as pessoas, que tinham que ficar em suas casa e esperar que não fossem atingidos.
O fotógrafo britânico Paul Conroy, que também escapou da região com a ajuda de ativistas da oposição no início da semana, disse que Baba Amr se tornou um "matadouro" e comparou a situação aos massacres de Ruanda e Srebrenica (Bósnia).
Conroy afirmou que o propósito do bombardeio do distrito pelo governo é eliminar as pessoas e os edifícios e afirmou que, em breve, "não haverá mais testemunhas" dos ataques.
Também nesta sexta-feira, o presidente francês Nicolas Sarkozy disse que as autoridades sírias terão que responder a tribunais internacionais por seus crimes contra civis.
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