Sindicato da Polícia Civil do Rio anuncia suspensão da greve

(do IG) O diretor jurídico do Sindicato da
Polícia Civil do Rio, Francisco Chao,
anunciou nesta sábado que a
categoria suspendeu sua participação
no movimento grevista dos
profissionais de segurança pública,
anunciado na última quinta-feira .
"Não estamos cancelando a greve,
mas suspendendo para, na próxima
quarta-feira (15), avaliar os fatos que
ocorreram até agora e deliberar sobre
as próximas ações", explicou.

Dois motivos foram apontados por
Chao para a decisão. Ele disse que foi
procurado por policiais, que relataram
o temor sobre possíveis ações de
marginais com a suspensão de parte
das atividades. A outra razão,
segundo o diretor, seria a baixa
adesão ao movimento. "As ruas estão
cheias de viaturas da PM [Polícia
Militar] e é difícil acreditar em
movimento reivindicatório sem
adesão".
Cristiane Daciolo, mulher do cabo
Benevenuto Daciolo, do Corpo de
Bombeiros, um dos líderes do
movimento, preso na noite de
quarta-feira (8), disse que como
uma das porta-vozes dos bombeiros,
não pode se posicionar sobre a greve
enquanto seu marido está no
Complexo Penitenciário e no mesmo
dia em que 15 bombeiros foram
presos no Grupamento Especial
Prisional (GPE). "Amanhã [12], teremos
em Copacabana um ato de repúdio às
prisões e logo depois farermos uma
assembleia para definir os próximos
passos", acrescentou.
Cristiane informou ainda que na
próxima terça-feira (14) vai recorrer à
esfera federal, em Brasília, juntamente
com uma comissão de mulheres, para
tentar reverter a prisão de seu marido
em um complexo penitenciário. Ela
explicou que como militar ele deveria
ter sido encaminhado ao GPE.
Os bombeiros presos hoje foram
encaminhados para o Grupamento
Especial em São Cristovão, na Baixada
Fluminense, e vão passar pelo
conselho disciplinar da corporação,
que pode decidir pela expulsão.
Um dos líderes dos bombeiros, o
sargento Paulo Nascimento, informou
que soube hoje do pedido de sua
prisão e que vai se apresentar
amanhã (12) em Nova Iguaçu, na
Baixada Fluminense.
Nessa sexta-feira (10), o Corpo de
Bombeiros divulgou nota informando
que 123 guarda-vidas foram
indiciados por falta ao serviço e que
todos seriam presos
administrativamente. A nota informava
ainda que o comandante do 2º
Grupamento Marítimo (Gmar), na
Barra da Tijuca, zona oeste do Rio,
tenente-coronel Ronaldo Barros, foi
exonerado do cargo.

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