(do Terra) O Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado
(Gaeco), do Ministério Público do
Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ),
desencadeou nesta quarta-feira
uma operação para deter seis
suspeitos de pedofilia. As
investigações descobriram uma
criança e quatro adolescentes em
condições de miséria que eram
exploradas sexualmente em troca
de roupas, lanches e valores entre R
$ 20 e R$ 60. Entre os investigados
está um serventuário do Tribunal de
Justiça do Estado do Rio de Janeiro
(TJRJ). Até por volta das 10h, cinco
pessoas haviam sido presas.
A apuração do caso começou após
notícias de prostituição infantil no
bairro Javary, em Miguel Pereira, a
cerca de 120 km da capital
fluminense. O MP-RJ requisitou um
inquérito policial para apurar os
fatos, e em 6 de julho do ano
passado, duas irmãs, de 12 e 14
anos, foram encaminhadas ao
Conselho Tutelar da cidade pelo
avô. À época, foi confirmado que as
duas crianças se prostituíam e eram
vítimas de exploração sexual havia
pelo menos dois anos.
Durante a investigação, descobriu-se
que outras três adolescentes, de 14
e 16 anos, também se prostituíam e
eram exploradas sexualmente. De
acordo com o Subcoordenador do
Gaeco, promotor de Justiça Sérgio
Luís Lopes Pereira, as meninas
viviam em condições de miséria,
próximo a um lixão, em famílias
desestruturadas.
Os suspeitos, segundo o MP-RJ,
aproveitaram-se da situação para,
em troca de dinheiro, além de
pequenos presentes como roupas e
lanches, violar a dignidade sexual
das vítimas. A maioria dos encontros
aconteciam no Motel Lagoinha, em
Miguel Pereira. Todas as vítimas
serão retiradas das ruas e
encaminhadas a uma instituição de
acolhimento.
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