Oficina customiza abadás para "gordinhas e magrinhas"

 A oficina de costura da Anna é uma das mais procuradas para customização de abadás na Barra, em Salvador  Foto: Gonçalo Valduga / Terra
A oficina de costura da Anna é uma das mais procuradas para customização de abadás na Barra, em Salvador
Foto: Gonçalo Valduga / Terra
(do Terra) Em época de folia, a oficina de costura da Anna, próxima ao circuito Barra-Ondina, em Salvador, é uma das mais procuradas para customização de abadás. Na entrada do pequeno estabelecimento, no número 274 da Avenida Oceânica, a frase "Para gordinhas e magrinhas" dá o tom sem discriminação do Carnaval baiano. A proprietária Anaílda Souza Barbosa, 50 anos, se dedica há 12 anos à reforma de abadás no famoso bairro da Barra. Dona Anna prepara 10 modelos diferentes para mulheres - quem mais procura seus serviços - e costura os mais básicos para os homens. O custo das peças é de R$ 15 masculino e R$ 20 feminino. Ela abre sua oficina o ano inteiro, quando também faz outros tipos de modelagem em roupas, mas é no Carnaval o momento que mais fatura. Ao seu lado, duas ajudantes e outras duas costureiras são as suas fiéis escudeiras. "Faço umas 40 entregas de abadás por dia e temos o dobro de pedidos para montar", contou ao Terra nesta quarta-feira. Com bom humor, Dona Anna atendeu ao Terra, mas se negou a abrir a grade de ferro que protege a pequena loja de assaltos, mesmo que eles jamais tenham ocorrido no local. "Não se avexe não, meu filho, mas só trabalho com segurança", explicou com o simpático sotaque baiano. Dona Maria das reformas Em uma transversal da Avenida Oceânica, outra loja também é concorrida pelos foliões. Na Rua Eduardo Diniz Gonçalves, a Tesoura Modas, da costureira Maria José Batista, 52 anos, recebe uma grande quantidade de pedidos diários. E o preço também gira em torno de R$ 15 e R$ 20, aumentando a concorrência com Dona Anna. Além dos abadás, Maria também faz fantasias e recebe ajuda de outras duas costureiras. Apesar de reclamar que a greve dos policiais militares afastou um pouco a clientela, a costureira disse que o trabalho continua grande e desgastante. "Trabalhamos das 8h às 18h sem sair da loja. Almoçamos e fazemos tudo aqui", afirmou.
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