Enterro de ex-proprietária da Daslu reúne empresários e familiares

(do Terra) Cerca de 300 pessoas - entre
familiares, empresários e
profissionais do ramo da moda -,
acompanharam o velório e enterro
do corpo da empresária Eliana Piva
de Albuquerque Tranchesi, 56 anos,
herdeira e ex-dona da rede de luxo
Daslu, que morreu no início da
madrugada desta sexta-feira, em
São Paulo. O corpo da empresária
foi velado por cerca de quatro horas
na capela Cemitério do Morumby,
onde foi enterrado por volta das
15h45.
Segundo o Hospital Albert Einstein,
a morte ocorreu em decorrência de
um câncer pulmonar complicado
por pneumonia. Ela lutava contra o
câncer desde 2006 e deixou três
filhos. O estilista Ricardo Almeida,
que tinha uma loja de ternos na
Daslu, lamentou a morte de Eliana.
"Ela foi um ícone da indústria da
moda, e fez história no meio
empresarial", afirmou.
Já a consultora de moda Contanza
Pascolado destacou o "pioneirismo"
da empresária no Brasil. "A maior
importância dela foi ter inventado o
varejo de luxo personalizado no
País", disse. "Ela identificou o gosto
da mulher brasileira, de classe
média alta, e seduziu o País inteiro",
avaliou Constanza, que disse
acreditar ser difïcil surgir outras
"Daslus" tão cedo.
O empresário Nizan Guanaes, dono
da agência África, também
compareceu ao velório. Além dele, a
filha do governador de São Paulo
Sophia Alckmin e João Paulo Diniz,
filho do empresário Abilio Diniz,
foram ao enterro de Tranchesi.
Daslu
A empresária esteve no comando da
Daslu por vários anos. Fundada por
Lucia Piva, mãe de Eliana, a butique
multimarcas foi uma das pioneiras
no mercado de luxo brasileiro.
Responsável por trazer para o País
marcas do porte de Dolce &
Gabbana, Giorgio Armani, Louis
Vuitton, Christian Dior, Prada,
Chanel, Burberry, Salvatore
Ferragamo, Gucci, Fendi, Chloé,
Cacharel, Yves Saint Laurent,
Goyard, Tom Ford e Tods.
Ela foi presa pela Polícia Federal em
26 de março de 2009 após a
condenação a 94 anos de prisão
pelos crimes de formação de
quadrilha, contrabando e
falsificação de documentos,
descobertos na Operação Narciso,
em 2005. No entanto, a empresária
deixou a Penitenciária Feminina de
São Paulo um dia após sua prisão
graças a um habeas-corpus
concedido pela Justiça Federal. A
defesa de Eliana apresentou um
laudo médico que comprovava que
ela tinha câncer e encontrava-se em
tratamento radioterápico e
quimioterápico no próprio hospital
Albert Einstein. Seu irmão Antônio
Carlos Piva de Albuquerque e o ex-
contador da Daslu e dono da
Multimport, Celso de Lima, também
recorreram ao processo em
liberdade.
Internação
Em janeiro deste ano, uma das
filhas de Tranchesi publicou em seu
blog uma carta de Eliana escrita
após a internação no Albert Einstein
para tratar uma pneumonia no
pulmão direito. "Vim para o hospital
e a partir de domingo tive reações
muito fortes de efeitos colaterais de
um antibiótico que tomei. É um tipo
de reação muito rara, somente
0,01% das pessoas a tem. Fui uma
delas. Tive um tremendo revertério e
pela primeira vez na minha vida não
vi luz no meu presente, nem alegrias
no meu passado e nem esperanças
no futuro", afirmou.

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