Equipes encontram mais cinco corpos em navio naufragado


(do UOL) Mais cinco corpos foram encontrados a bordo do navio de cruzeiro Costa Concordia, que naufragou na última sexta-feira (13) e está parcialmente submerso no litoral da Itália, segundo informações dos mergulhadores da Guarda Costeira. Com isso, chega a 11 o número de mortos no acidente.

Os corpos, resgatados da proa da embarcação, ainda não foram identificados e o porta-voz da municipalidade de Giglio, Cristiano Pellegrini, não soube informar se eles são de membros da tripulaçãou ou de passageiros.

Nesta terça-feira, as equipes de resgate provocaram explosões controladas para entrar no navio, em busca de sobreviventes. Mais cedo, as autoridades elevaram para 29 o número de desaparecidos: são 14 alemães, seis italianos, quatro franceses, dois americanos, uma peruana, um indiano e um húngaro. No domingo, três pessoas foram retiradas com vida de dentro da embarcação, que está parcialmente submersa.

O navio com 4.229 pessoas a bordo bateu em rochas e naufragou na sexta-feira na ilha de Giglio. Havia 57 brasileiros a bordo, mas nenhum ficou ferido, segundo informações do Itamaraty.

A segunda caixa-preta do navio foi localizada mais cedo, informou a Guarda Costeira italiana nesta terça-feira (17). As informações do dispositivo, juntamente com o outro que já foi recuperado e está sendo analisado, vão fornecer para as autoridades “uma imagem completa de como ocorreu o desastre”, disse o oficial da Guarda Costeira, Massimo Macaroni.

Segunda a imprensa italiana, o comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, se aproximou da ilha para homenagear seu chefe de garçons, Antonello Tievoli, que nasceu no local, e um ex-comandante da companhia Costa Cruzeiro, Mario Palombo.

Schettino, que está detido em uma prisão na cidade de Grosseto, é acusado de homicídio culposo múltiplo (sem a intenção de matar), naufrágio e abandono do navio.

O capitão negou as acusações de que teria deixado a embarcação sem prestar auxílio aos passageiros e afirmou que só deixou o navio após terminar o processo de retirada dos ocupantes. O capitão afirmou ainda que, de acordo com as informações de que tinha no momento do acidente, as rochas que provocaram a ruptura do casco do navio não foram detectadas pelo sistema de navegação automática da embarcação.
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