Europeus endurecem pressão ao Irã após ataque a embaixada


(do UOL) No mesmo dia em que o Reino Unido anunciou o fechamento de sua embaixada no Irã, alvo de ataques ontem (29) e expulsou diplomatas iranianos de Londres, outros países europeus aumentaram a pressão sobre Teerã convocando embaixadores e estudando novas sanções ao país.

A Alemanha chamou seu embaixador no Irã de volta para consultas e convocou o representante iraniano em Berlim para explicações. A Itália anunciou que estuda fechar sua embaixada em Teerã e a Noruega anunciou o fechamento temporário de sua delegação na República Islâmica, embora não tenha repatriado seus diplomatas.

A França chamou seu representante em Teerã para consultas e a Espanha decidiu convocar o embaixador do Irã para uma audiência em sua Chancelaria em Madri na quinta-feira.

"Dada a flagrante e inaceitável violação da Convenção de Viena sobre as relações diplomáticas e a seriedade da violência, as autoridades francesas decidiram convocar seu embaixador no Irã para consultas", disse o porta-voz da Chancelaria francesa, Bernard Valero.

A reação internacional chega após estudantes terem invadido a representação diplomática britânica em Teerã, quando bandeiras foram queimadas e os seis funcionários da delegação chegaram a ser feitos reféns.
O governo britânico condenou imediatamente a "inaceitável" entrada de manifestantes em sua embaixada e seus atos de "vandalismo", e pediu ao Executivo iraniano que defendesse seus diplomatas.

O Conselho de Segurança da ONU também lamentou "nos termos mais enérgicos" os ataques, expressou "sua profunda preocupação" e exigiu ao Irã que respeite completamente suas obrigações internacionais e garanta "a proteção do pessoal e os bens diplomatas e consulares".

Nesta quarta-feira países como Estados Unidos, França, Alemanha, Itália e Rússia pediram a Teerã garantias de que proteja as embaixadas no país e anunciaram que estudam medidas contra a República Islâmica.

CONDENAÇÃO

Em Paris, o ministro francês de Relações Exteriores, Alain Juppé, condenou "com muita firmeza" o ataque, que em sua opinião ilustra "a pouca consideração" do regime iraniano pelo direito internacional.

A Alemanha expressou também a sua indignação, incitou o governo iraniano a proteger os diplomatas e representações estrangeiras e avisou que abordará "imediatamente" com as autoridades do Irã a situação da escola alemã em Teerã, caso tenha sido afetada e para que se garanta sua segurança.

O governo italiano qualificou o caso como "absolutamente intolerável" e exigiu que as autoridades iranianas "retomem o mais rápido possível o controle da situação". "É um episódio muito grave que condenamos firmemente e pelo qual expressamos plena solidariedade ao governo britânico",disse o ministro italiano de Exteriores, Giulio Terzi.
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