Avião da Malaysia com 295 pessoas a bordo cai na Ucrânia

A Malaysia Airlines confirmou nas redes sociais que perdeu contato com a aeronave
Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu com 295 pessoas à bordo próximo ao vilarejo de Grabovo, na região de Donetsk, na Ucrânia
Um  avião da Malaysia Airlines caiu perto da cidade de Shaktarsk, na região de Donetsk, Ucrânia, cenário de combates entre as forças governamentais do país e rebeldes pró-Rússia, nesta quinta-feira. O Boeing- 777 voava de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, Malásia.

Um conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia informou que a aeronave foi derrubada por um míssil disparado por separatistas e que ninguém teria sobrevivido. O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse que as forças armadas não atiraram contra o avião. "Não excluímos a tese de que o avião tenha sido abatido e ressaltamos que as Forças Armadas da Ucrânia não tomou medidas contra qualquer alvo no ar". Mais tarde, Poroshenko afirmou ter convicção de que se trata de um "ato terrorista", segundo comunicou seu assessor. "Poroshenko crê que esse avião foi abatido: não é um incidente, não é uma catástrofe, mas um ato terrorista" disse Svatoslav Tsegolko.
Por outro lado, o líder separatista pró-Rússia Aleksander Borodai atribuiu a queda do avião às forças ucranianas. 

Estavam a bordo do avião 280 passageiros e 15 tripulantes. Segundo informações iniciais, nenhum sobreviveu.

Um funcionário dos serviços de emergência disse que pelo menos 100 corpos tinham sido encontrados até o momento no local, perto do vilarejo de Grabovo, e pedaços de corpos estavam espalhados por até 15 quilômetros. Partes quebradas das asas estavam marcadas com tinta azul e vermelha, as cores do emblema da Malaysian Airlines.

De acordo com informações da agência russa Interfax, o número de mortos teria ultrapassado 300. Entre os mortos haveria 23 cidadãos americanos, mas ainda não há informação sobre as demais nacionalidades.

O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, informou que abrirá imediatamente uma investigação sobre o caso. Já o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu que seus assessores o mantenham atualizado sobre o caso.

Em comunicado oficial, a Boeing se colocou à disposição das autoridades na investigação do acidente. "Nossos pensamentos e orações estão com todos os passageiros e tripulantes do avião que se perdeu no espaço aéreo ucraniano, bem como com suas famílias e entes queridos. A Boing se coloca inteiramente à disposição no que for necessário para auxiliar as autoridades."Obama e o presidente russo, Vladimir Putin, conversaram nesta quinta-feira sobre o acidente, segundo o Kremlin. "O líder russo informou ao presidente dos Estados Unidos sobre um relatório dos controladores de tráfego aéreo que chegou pouco antes da conversa telefônica indicando que um avião malaio havia caído na Ucrânia", declarou o Kremlin em um comunicado.

Em 8 de março deste ano, um outro avião da Malaysia Airlines que decolou de Kuala Lampur em direção à Pequim, com 239 pessoas a bordo, desapareceu dos radares. Suspeita-se que ele tenha caído no Oceano Índico, mas até hoje nenhum vestígio da aeronave foi encontrado.

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