Aécio prevê convenção em SP e diz que vice pode ser paulista

Aécio afirmou que pretende fazer a convenção nacional na capital paulista Foto: Alan Morici / Terra
Aécio afirmou que pretende fazer a convenção nacional na capital paulista
Foto: Alan Morici / Terra
O pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, o senador Aécio Neves, afirmou nesta quinta-feira, em São Paulo, durante um almoço com a bancada estadual de seu partido, que pretende fazer a convenção nacional na capital paulista e que a tese de um vice paulista pode prosperar em futuras reuniões do partido. Segundo ele, São Paulo terá um peso essencial na campanha presidencial. "Ela (a campanha) será decidida em grande parte pelo resultado de São Paulo", disse. Segundo Aécio, a escolha do vice, deve se dar, no máximo, entre o final de maio e o início de junho.

Aécio tem uma campanha cheia na capital nesta quinta-feira. O primeiro evento foi o encontro com a bancada tucana, em um almoço, na região dos Jardins. Depois disso, ele esteve na Reatech, Feira Internacional de Reabilitação, Inclusão, Acessibilidade e Paradesporto. À noite, terá encontro com membros da maçonaria paulista.

Após o almoço com deputados, Aécio saiu em defesa do ex-ministro das Comunicações e pré-candidato ao governo de Minas Gerais Pimenta da Veiga. Recentemente, Veiga foi indiciado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro. "É estranho. Passaram-se 10 anos e quando ele vira pré-candidato esse assunto ressurge. Ele já deu esclarecimentos suficientes", disse.
Pré-candidato diz que o vice na chapa pode ser paulista Foto: Alan Morici / Terra
Pré-candidato diz que o vice na chapa pode ser paulista
Foto: Alan Morici / Terra
A investigação da Polícia Federal, iniciada no ano passado, se deu depois de uma denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República em 2007. Ela foi baseada no inquérito do mensalão tucano, de 1998. "O Pimenta é um advogado que trabalhava para inúmeras empresas, entre elas, empresas de comunicação, sobre a qual não recaía nenhuma suspeita. Advogou para essa empresa, recebeu remuneração e declarou no imposto de renda", disse. "Acredito que não há nada contra ele", disse.

Ele ainda atacou o governo federal, que, para ele, não quer investigar nada com a CPI da Petrobras. "Eles (governo) não querem investigar nada. Se quisessem investigar trens, portos, criariam uma CPI específica para isso. É apenas mais uma manobra do governo", disse.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado definiu nesta quarta-feira que a CPI da Petrobras será ampla, como pretende o governo, com inclusão de denúncias de cartel no Metrô de São Paulo e de irregularidades envolvendo o porto de Suape, entre outros temas. A decisão, que desagrada a oposição, segue para o plenário da Casa.

Em protesto, senadores oposicionistas, que foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a CPI exclusiva da Petrobras, deixaram o plenário da comissão. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) chegou a tentar impedir a decisão sem a presença dos opositores, mas o presidente da CCJ, Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse que a votação era simbólica.


A CCJ analisava duas questões de ordem sobre a instalação de uma CPI da Petrobras. A oposição busca uma comissão exclusiva para investigar denúncias contra a Petrobras, enquanto o governo reagiu com uma proposta para incluir temas sensíveis ao PSDB e PSB, patrocinadores da CPI e principais opositores da presidente Dilma Rousseff no cenário eleitoral de 2014.
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