"Acho que, aqui, vamos conseguir melhorar nosso futebol. A maioria das seleções joga pelo prazer e eu sou profissional. Querem aprender muito, progredir e melhorar seu futebol. Não queremos ser ridículos, queremos mostrar que nosso futebol tem um papel a exercer e podemos mostrar isso", afirmou Marama Vahirua, 33 anos, o único profissional do elenco que foi derrotado por 7 a 0 pelo time Sub-20 do Chile e por 1 a 0 por reservas do América-MG, em duelos preparatórios.
O atacante atua pelo modesto Panthrakikos, da Grécia, e sempre foi jogador profissional. Passou pelos franceses Nantes, Nancy, Loriente, Nice e Monaco antes de chegar ao futebol grego, sempre atuando na Europa. O único de toda delegação taitiana que está em Belo Horizonte para a estreia na Copa das Confederações. Os demais 22 jogadores têm empregos paralelos à pratica amadora no futebol: há professores, entregadores, motoristas e até alpinista.
"Sou o único profissional no Taiti e tentei trazer a experiência nesse nível. Nunca vivenciei isso, é tudo novo, será a primeira vez para mim também. Estou tentando não ser tímido, pois será uma primeira experiência para nós, temos que manter a calma", definiu Marama, emocionado por dar a maior entrevista da vida.
O Taiti conquistou a vaga na Copa das Confederações após vencer de forma surpreendente a Copa da Oceania, batendo a Nova Caledônia na decisão. Assim, é o único time quase que inteiramente amador da competição, que conta com países tradicionais no futebol como Brasil, Espanha, México, Japão, Uruguai, Itália e Nigéria, esta a primeira rival dos taitianos no torneio.
"Os nigerianos são rápidos e fortes, e o futebol africano evoluiu muito. Hoje os africanos estão preparados, jogam em ligas europeias e alguns são fortes demais, os respeito muito, pois são humildes, pessoas que trabalham duro e eu aprecio isso", analisou Marama. O confronto envolvendo Taiti e Nigéria ocorre nesta segunda, às 16h (de Brasília), no Mineirão.
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