O objetivo é restabelecer a confiança entre os dois países depois de meses de tensões e ameaças de uma guerra nuclear. O Ministério da Unificação em Seul disse que ambas as partes conseguiram um entendimento parcial sobre as questões pendentes durante as negociações de Panmunjom, informou a Yonhap.
A agência norte-coreana de notícias KNCA disse que a reunião se concentrará na restauração das relações comerciais bilaterais suspensas, incluindo o complexo industrial de Kaesong. O complexo foi fechado por Pyongyang quando as tensões com o vizinho atingiram seu ponto máximo.
A KNCA informou ainda que outro tema é a reunião das famílias separadas desde a guerra e a retomada das visitas de sul-coreanos ao turístico Monte Kumgang do Norte. As visitas foram proibidas depois que um soldado norte-coreano atirou e matou um turista sul-coreano em julho de 2008.
A negociação deste domingo se dá após uma mudança inesperada de postura da Coreia do Norte, que recuou em seu tom beligerante e propôs um início de diálogo. A Coreia do Sul respondeu rapidamente, oferecendo uma reunião interministerial em Seul. Na sexta-feira, porém, Pyongyang fez uma contra-proposta, sugerindo que um encontro prévio fosse realizado no Norte.
Os especialistas receberam favoravelmente, mas com reservas, o recuo norte-coreano. "A oferta norte-coreana é característica da diplomacia de Pyongyang" que convida a Coreia do Sul a "resolver e a pagar pelos problemas que o Norte provocou", comentou Stephan Haggard, pesquisador do Peterson Institute for International Economics.
Para Yang Moo-Jin, professor da Universidade de Estudos Norte-Coreanos em Seul, os contatos de hoje, "unicamente preparatórios", não tornam possível prever o tom dos debates futuros. Segundo ele, "na quarta-feira, poderemos ter uma ideia melhor das intenções norte-coreanas".

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