Espécie pode ser a ligação necessária para explicar separação entre primatas e humanos![]() |
O artigo descrevendo a descoberta foi publicado nesta quarta-feira na revista científica Nature. O fóssil foi descoberto em estratos de rochas sedimentares que foram depositados em um lago antigo há aproximadamente 55 milhões de anos, durante o período inicial do Eoceno, na era Cenozoica. Esse foi um intervalo registrado nas condições globais do efeito estufa, quando grande parte do mundo estava coberto por florestas tropicais e palmeiras cresciam onde hoje fica o Alasca.
Assim como muitos outros fósseis recuperados do estrato de lagos antigos, o esqueleto do Archicebus achilles foi encontrado quando os cientistas dividiram as finas camadas de rocha que continham o fóssil. Como resultado, o esqueleto do Archicebus está agora preservado em duas partes complementares. O fóssil é cerca de 7 milhões de anos mais antigo que as ossadas mais velha até então conhecidas.
Os pesquisadores estimam que um Archicebus adulto teria pesado ainda menos que o menor primata atual - o lêmure-rato-pigmeu de Madagascar. Os exemplares dessa espécie teriam apenas cerca de 20-30 gramas. Seu calcanhar tinha uma anatomia incomum, similar à humana, com pés parecidos com os de macacos e braços, pernas e dentes semelhantes aos de primatas muito primitivos e olhos "surpreendentemente pequenos", segundo os pesquisadores.


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