Polícia prende foragido suspeito de matar taxistas no RS

Condenado por assaltar motoristas estava foragido. Polícia investiga ligação dele com seis assassinatos

Taxista protesta contra a violência em Porto Alegre, após o assassinato de três colegas  Foto: Daniel Favero / Terra
Taxista protesta contra a violência em Porto Alegre, após o assassinato de três colegas 
Foto: Daniel Favero / Terra
Um foragido da Justiça condenado por assaltar táxis foi preso no sábado em Cachoeirinha, na Grande Porto Alegre, uma semana após o assassinato de três taxistas na capital gaúcha, informou a Polícia Civil neste domingo. A corporação investiga se o preso, identificado como Roger de Almeida Waszak, 30 anos, teria relação com os recentes homicídios registrados na cidade e em Santana do Livramento, na fronteira. Na madrugada do dia 30 de março, três taxistas foram assassinados em Porto Alegre com tiros de calibre 22. Na mesma semana, outros três foram mortos por uma arma do mesmo calibre nas cidades de Santana do Livramento (RS) e Rivera, no Uruguai. No resumo de um julgamento de um recurso de Waszak, analisado em junho de 2010, o preso alegou que era injustamente acusado de roubo porque tentava se vingar de taxistas. Ele disse que motoristas tentaram matar o pai dele, que teria, segundo o relato, envolvimento com a mulher de um colega. O suposto interesse em vingança faz a polícia acreditar que o preso tenha relação com os crimes. Ele está foragido desde janeiro de um presídio de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Ele foi encontrado em uma residência de Cachoeirinha. Roger Waszak foi condenado por uma série de assaltos na região de Sarandi, bairro da zona norte de Porto Alegre. Ele contratava os serviços dos motoristas e pedia para ser levado para uma localidade conhecida como Asa Branca, onde anunciava o assalto e levava objetos e dinheiro. Segundo relatos das vítimas, ele mostrava uma cicatriz no abdome para os taxistas antes de cometer os crimes.
Blitze e protestos 

Para evitar a escalada dos crimes, a Polícia Militar do Rio Grande do Sul intensificou as blitze na cidade, abordando taxistas e passageiros. De sexta para sábado, 375 carros foram vistoriados, mas nenhum suspeito foi encontrado. As mortes geraram protestos por parte dos taxistas. O sindicato da categoria cobra do governo do Estado o financiamento de cabines e para a instalação de máquinas de cartão de débito e crédito nos carros, na tentativa de evitar que os motoristas andem com quantias elevadas em dinheiro.
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