Coreia do Norte instala lançadores de mísseis na costa leste do país

Informação foi divulgada por agência de notícias do Sul, mas governo não a confirmou oficialmente

Mísseis Musudan norte-coreanos nunca foram testados, mas exercício militar pode ocorrer em breve Reprodução/Associated Press
A Coreia do Norte instalou recentemente dois lançadores de mísseis adicionais na costa leste, o que configura um possível lançamento iminente que preocupa a comunidade internacional, em um momento de grande tensão na península coreana, informou a agência sul-coreana Yonhap. Dois veículos de transporte e lançamento, do tipo TEL (transporter erector launcher), de mísseis de curto alcance Scud foram deslocados na semana passada para a Província de Hamgyong Meridional, segundo a agência, que cita uma fonte do governo de Seul. "Descobrimos que o Norte enviou dois TEL adicionais para a costa leste depois de 16 de abril", afirmou a fonte. O ministério da Defesa sul-coreano não confirmou a informação até o momento. Conheça os problemas que a Coreia do Norte tenta esconder com as ameaças de guerra Segundo a inteligência da Coreia do Sul, Pyongyang enviou recentemente para sua costa oriental sete lançadores, dois deles para mísseis Musudan, com alcance teórico de 4.000 km, o que poderia levar os artefatos a atingir o território sul-coreano, japonês ou até mesmo ilha de Guam no Pacífico, que abriga bases áreas e navais americanas. A situação na península começou a se agravar em 2006, quando o Norte realizou seu primeiro teste nuclear. De lá para cá foram mais dois exercícios militares desse tipo — o último deles e mais forte em 12 de fevereiro passado. Após o teste, o Conselho de Segurança da ONU aprovou novas sanções econômicas contra a Coreia do Norte, que respondeu levantando o acordo de não agressão e anunciando o estado de guerra. As medidas levaram a uma escalada militar na região. Os EUA enviaram diversos equipamentos militares para a região: navios de guerra equipados com sistemas antimísseis, aviões espiões com capacidade atômica, submarinos nucleares, caças F-22 e inclusive uma plataforma naval para vigiar movimentos no norte. Simultaneamente, o Japão e a Coreia do Sul também mobilizaram suas armas para evitar um ataque surpresa do vizinho do Norte.
AFP

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