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Cortejo de Chávez paralisou a capital da Venezuela por 7 horas
Cortejo de Chávez paralisou a capital da Venezuela por 7 horas
Multidão se despediu do presidente venezuelano de maneira disciplinada, relata brasileiro
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Milhares de apoiadores seguem cortejo de Chávez até a Academia Militar, onde o corpo do presidente será velado até sexta-feiraFoto: Reuters |
Uma multidão ocupou as principais ruas da capital da Venezuela para se despedir do presidente Hugo Chávez, que morreu aos 58 anos vítima de um câncer. O carro com o corpo do homem que governou o país nos últimos 14 anos saiu do Hospital Militar no final da manhã. Por mais de seis horas, o cortejo foi acompanhado por milhares de pessoas. Todos tentavam se aproximar do caixão para depositar flores ou tirar fotos. “É algo muito grande. Parou tudo. O comércio está fechado e as lojas que abriram não têm movimento nenhum”, relata ao S8 o sociólogo Felippe Ramos.
No início da tarde, Ramos foi ver a passagem do cortejo. Contrastando com as outras manifestações organizadas pelo chavismo, ele relata que “as pessoas estavam bem quietas, disciplinadas, esperando o cortejo passar”. Uma multidão cercava o carro fúnebre durante todo o caminho até a Academia Militar, “o berço da revolução”, como o próprio presidente costumava chamar.
Nicolás Maduro, o presidente interino, acompanhou o percurso ao lado do mandatário boliviano Evo Morales, que tinha uma relação muito próxima a Chávez. Outros membros do governo e familiares, incluindo a mãe do mandatário, também caminhavam ao lado do caixão.
A tarde desta quarta-feira foi mais uma demonstração de força popular do movimento político fundado por Hugo Chávez. Em 30 dias, novas eleições presidenciais serão realizadas e Maduro deve enfrentar o governador do Estado de Miranda Henrique Capriles. “As eleições vão acontecer em um momento de forte comoção”, avalia o pesquisador Felippe Ramos, que vive na Venezuela há quase um ano.
A campanha do governismo começou na mesma noite na qual a morte de Chávez foi anunciada. Em entrevistas aos meios locais, líderes do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv) pediam votos para Maduro. No cortejo, Ramos ouviu gritos de guerra já usando o nome do vice-presidente indicado por Chávez como sucessor: “com Chávez e Maduro o povo está seguro”, gritavam os venezuelanos que seguiam o caixão.
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