RS: pedido de relaxamento de prisão por incêndio é negado

Juiz Ulysses Louzada indeferiu os pedidos feitos pelas defesas de três dos quatro detidos

Mauro (esq.) e Kiko (dir.) tiveram o pedido de relaxamento de prisão negado Foto: Nabor Goulart/Agência Freelancer/Facebook / Reprodução
Mauro (esq.) e Kiko (dir.) tiveram o pedido de relaxamento de prisão negado

Foto: Nabor Goulart/Agência Freelancer/Facebook / Reprodução

O pedido de relaxamento de prisão de três dos quatro envolvidos no incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, foi negado nesta quarta-feira. O juiz Ulysses Fonseca Louzada, da Comarca de Santa Maria, indeferiu as solicitações feitas pelas defesas dos dois sócios-proprietários da casa noturna - Elissandro Callegaro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann - e do produtor da banda Gurizada Fandangueira Luciano Augusto Bonilha Leão. Os advogados encaminharam os pedidos de soltura alegando inconstitucionalidade na medida. Ao indeferir o pedido, o juiz considerou que a manutenção da prisão temporária é necessária para que a autoridade policial prossiga com a investigação. Além dos três, também está preso desde o dia 28 de janeiro o vocalista da banda, Marcelo de Jesus dos Santos. No último dia 1º, o juiz plantonista Régis Adil Bertolini prorrogou por 30 dias a prisão temporária dos envolvidos. De acordo com o magistrado, ainda devem ser feitas acareações, buscas, reconstituições dos fatos, análise de documentos e perícias. Os suspeitos também devem prestar novos depoimentos e novas testemunhas serão ouvidas. "Há circunstâncias do fato que não puderam ser esclarecidas no exíguo prazo em que os investigados se encontram presos”", afirmou Louzada. Ontem, Kiko, que estava internado no hospital de Cruz Alta, recebeu alta e foi transferido para a Penitenciária Estadual de Santa Maria, onde se encontram os demais suspeitos. O juiz negou também o pedido para que o empresário fosse transferido para a Penitenciária Modulada de Ijuí por considerar necessária a presença do sócio-proprietário na cidade da tragédia para possíveis acareações e reconstituições do incêndio. Os quatro estão recolhidos em celas individuais e com o máximo de segurança, sem contato entre si ou com os outros presos. O magistrado deferiu o pedido para que Hoffmann seja submetido à avaliação médica e psicológica e o de Kiko para que continue recebendo atendimento psiquiátrico por parte da equipe que já vinha o acompanhando desde a sua internação. O pedido de decretação de sigilo do inquérito policial, formulado pela defesa dos dois empresários, foi encaminhado ao Ministério Público para manifestação.
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