Diminuem as chance de Assad continuar no poder, diz premiê russo

Em entrevista à 'CNN', primeiro-ministro da Rússia falou sobre a crise na Síria Foto: Denis Balibouse / Reuters
Em entrevista à 'CNN', primeiro-ministro da Rússia falou sobre a crise na Síria
Foto: Denis Balibouse / Reuters
O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, disse que as chances de o presidente sírio, Bashar al-Assad, permanecer no poder estão ficando a cada dia "menores e menores", de acordo com a transcrição de uma entrevista concedida por ele à rede de TV CNN, divulgada pelo gabinete de Medvedev neste domingo. Os comentários de Medvedev são a mais clara declaração de uma autoridade russa de que os dias de Assad podem estar contados. Mas ele reiterou os pedidos de negociações entre o governo e seus adversários, e repetiu a posição do governo russo de que Assad não pode ser retirado do poder por forças estrangeiras. "Acho que a cada dia, cada semana e cada mês as chances de sua permanência estão ficando menores e menores", disse Medvedev, segundo seu gabiente. "Mas eu volto a repetir que isto tem de ser decidido pelo povo sírio. Não pela Rússia, não pelos Estados Unidos, nem por nenhum outro país". "A tarefa dos Estados Unidos, dos europeus e potências regionais... é se reunir com as partes para negociações, e não apenas exigir que Assad saia e então seja executado como (o ex-líder líbio Muammar) Gaddafi ou ser levado em uma maca a sessões num tribunal, como Hosni Mubarak (do Egito)". Nos 22 meses de conflito na Síria, a Rússia tem sido o mais importante aliado de Assad, num conflito que começou com protestos pacíficos e se transformou em um levante armado contra o regime de governo dele.
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