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Argélia: sequestradores pedem libertação de líderes presos nos EUA
Argélia: sequestradores pedem libertação de líderes presos nos EUA
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Imagem de satélite mostra o campo de exploração de gás operado por estrangeiros em In Amenas, no sul da Argélia Foto: AP |
O líder do grupo rebelde islâmico atuante no deserto africano está pedindo a libertação de militantes detidos nos Estados Unidos e o fim da intervenção da França no Mali, informa nesta sexta-feira a agência de notícias da Mauritânia ANI. A declaração ocorre em meio a uma crise de reféns em um campo exploração de gás em In Amenas, localidade argelina situada na região central do país e próximo à fronteira com a Líbia.
Mokhtar Belmokhtar, conhecido como "o Borgne", é um dos líderes históricos da Al-Qaeda do Magrebe Islâmico (Aqmi). Além do fim da guerra no Mali, onde milícias do norte lutam pela independência contra o governo da capital Bamako, ele sugere a libertação de dois líderes mantidos presos nos EUA através da soltura de reféns americanos. Os dois líderes mencionados por Belmokhtar em um vídeo gravado e citado pela ANI são Omar Abdel-Rahman e Aafia Siddiqui.
Omar Abdel-Rahman (o xeque cego) foi condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos em 1995 por planejar ataques contra nova-iorquinos e assassinar o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak. Aafia Siddiqui é uma cientista paquistanesa presa nos Estados Unidos por ter tentado atirar em soldados americanos em 2008 no Afeganistão, enquanto era detida por suas presumidas ligações com a Al-Qaeda. Fontes da segurança do Mali haviam indicado em outubro que Belmokhtar tinha sido expulso pelo chefe da Aqmi da brigada que ele dirigia.
Poucas horas depois do comunicado do grupo, os Estados Unidos se prontificaram a afirmar que declinam qualquer diálogo com grupos "terroristas". Questionada sobre a proposta feita pelos sequestradores de libertar os reféns americanos em troca de islamitas detidos nos Estados Unidos, a porta-voz do departamento de Estado, Victoria Nuland, respondeu: "Os Estados Unidos não negociam com os terroristas".

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