Queríamos realismo e espetáculo, diz diretor de 'O Hobbit'
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Peter Jackson aproveitou evoluções tecnológicas para adicionar realismo à trama Foto: Getty Images |
A nitidez e definição, em um primeiro momento, podem até lembrar um jogo de vídeo-game. Há ainda os efeitos em 3D que trazem anões e seres dos mais variados quase ao alcance das mãos. Munida de tecnologia avançada e inovação, uma equipe conhecida do grande público se reuniu para contar uma história que tem 75 anos e milhões de fãs em todo o planeta. Os mesmos produtores de O Senhor dos Anéis trazem aos cinemas, nesta sexta-feira (14), a adaptação de outro livro do inglês J.R.R.Tolkien, O Hobbit, escrito em 1937. A história se passa 60 anos antes de O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel e, para os fãs da trilogia, é possivel revisitar e reconhecer essas terras tão bem apresentadas nos três filmes da saga.
O início do filme é uma ode à nostalgia, mas, logo depois, apesar de encontrarmos personagens conhecidos, a história se mostra bem diferente, com mais humor e leveza que a um tanto política e obscura de O Senhor dos Anéis. “É que essa é uma fábula, um conto de fadas, com final feliz”, adiantou Ian McKellen, o velho conhecido Gandalf, que acompanha 13 anões em uma jornada em busca de um tesouro. Pelo caminho, aparecem muitas forças malígnas, criaturas esquisitas e até um dragão. Martin Freeman é o personagem central Bilbo Bolseiro; Richard Armitage, o Thorin Escudo-de-Carvalho; Andy Serkis (que também é co-diretor) revive seu conhecido Gollum e, neste primeiro filme, o anel de ouro que desencadeia a saga faz suas primeiras aparições, em tom de mistério.
Espere batalhas, cenários de fábulas, seres dos mais variados formatos e feiúras e um passeio pelos campos da Nova Zelândia, onde a trilogia - assim como O Senhor dos Anéis - foi filmada. Tudo é gigante nessa superprodução de US$ 600 milhões, cerca de R$ 1,2 bilhão. De pequeno, no filme, apenas os anões, que, aliás, ficam assim sob os poderes dos grandes efeitos especiais.
O premiado diretor neozelandês Peter Jackson, que levou três estatuetas do Oscar por O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei, assina novamente a direção dessa trilogia. No início, O Hobbit deveria ter apenas dois filmes, mas rendeu tanto que virou três. Os dois capítulos seguintes já têm estreias agendadas para dezembro de 2013 e 2014, respectivamente. Tecnologicamente, Jackson também quis deixar mais uma marca e fez O Hobbit em 48 quadros por segundo (o normal são 24) e em 3D, porém, nem todos os cinemas vão exibí-lo nesse novíssimo formato. “Queria que fosse espetacular e realista”, destaca o diretor. As opiniões sobre a inovação se dividem na imprensa americana, entre elogios e críticas de que a altíssima definição possa ter trazido um efeito exagerado.
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