No Japão, Galvão Bueno dá risada de quem aposta em sua aposentadoria
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Galvão Bueno afirmou que não pretende "parar tão cedo" de narrar os principais eventos esportivos Foto: Ricardo Matsukawa / Terra |
O Corinthians será o Brasil no Mundial de Clubes da Fifa, no Japão. Se alguém ainda tinha alguma dúvida, ela está desfeita. Literalmente. Quer dizer, pessoalmente. O Terra, com exclusividade, entrevistou Galvão Bueno. Após aterrissar em solo nipônico na última segunda-feira para acrescentar ao seu currículo a participação do sétimo time brasileiro na competição intercontinental (não narrou apenas o Santos no ano passado), o maior nome esportivo da TV Globo afirmou que dá risada de quem aposta em sua aposentadoria nas transmissões.
"Eu dou muita risada quando eu vejo que todo mundo fala da minha aposentadoria, que já determinaram época, data e dia. Eu não pretendo parar tão cedo", disse o narrador, que gerou suspeitas sobre o público após encerrar sua participação na Copa do Mundo da África, em 2010, dizendo que seu trabalho na edição, no Brasil, em 2014, do maior evento de futebol mundial, seria como uma passagem de bastão.
"As pessoas não entenderam nada do que eu falei. Nada. Eu disse que, como fiz 10 Copas do Mundo, todas elas fora do Brasil, já que na de 1950 eu nasci dias depois da Copa, o jogo de encerramento da Copa da África do Sul foi um final de um ciclo. Eu disse que aquela era a última Copa que eu me vejo fazendo fora do Brasil, porque muito provavelmente não estarei narrando em 2018 na Rússia", explicou Galvão.
A reportagem, então, questiona até quando vai durar o ciclo Galvão Bueno, razão de amor e ódio entre os telespectadores, mas, definitivamente, um ícone da TV brasileira. "Não existe o ciclo do Galvão. Existe o meu trabalho e enquanto eu imaginar que possa fazê-lo de forma bem feita, com qualidade, eu continuo. Não existe data. Nem nada", reforçou Galvão, que sim, já está com o bordão engatilhado na garganta: "o Corinthians será o Brasil no Mundial de Clubes. E é claro que isso vai gerar uma série de resposta", disse, nem um pouco preocupado.
Ao lado de Casagrande e Arnaldo César Coelho, Galvão Bueno estará à frente da transmissão de Corinthians x Al Ahly, às 8h30 (de Brasília) desta quarta-feira. O narrador disse que, por mais que já tenha sido a voz das participações de Flamengo, Grêmio, Cruzeiro, Internacional, Palmeiras e São Paulo, "nunca vi mobilização igual a essa". "Como é que chama este estádio aqui mesmo", questiona, dentro das dependências do Estádio de Toyota, momentos antes da conferência de imprensa do técnico Tite e do capitão Alessandro, nesta terça-feira. "Para mim isso aqui é o Pacaembu", ri.
A legião de corintianos que tomou conta do Japão, e a intensa cobertura de toda a imprensa brasileira, de longe, a que está em maior número em solo japonês, na opinião do narrador, não traz pressão, mas "talvez por essa mobilização da torcida, pela forma como tudo foi tratado, seja um momento diferenciado".
"É uma responsabilidade, afinal de contas, é um clube representando um país. Eu me sinto bem, me motiva, me sinto sempre bem quando faço um tipo de jogo como esse. Você, momentaneamente, veste a camisa do time que está encarando esse desafio", completou Galvão, que ainda fez duas ponderações a cerca do debute corintiano no Mundial da Fifa diante dos egípcios.
"Alguns pontos pesam: o time está em fim de temporada, está frio pra caramba e tem a pressão da estreia que sempre é muito grande, com a responsabilidade do favoritismo", avaliou. "Por outro lado, o time está extremamente focado. Poucas vezes eu vi um time tão bem preparado para um tipo de torneio de tiro curtíssimo. O mundo aguarda o Corinthians na final", finalizou.
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